Nas lutas da Humanidade, Afeição, segundo vejo, É um brinde pela metade, Meio amor, meio desejo. No matrimônio feliz, Antigo ditado alega: O homem é um tanto surdo E a mulher um tanto cega. Na Terra, o amor em ação, Pensando de boa fé, É sempre uma opinião, Mas não se sabe o que é. Parece nota esquisita, Mas é dom pensar no amor Como flor que necessita Mais de luz que de calor. Eis meu fraterno recado: Desquite, nas Leis do Bem, É pagamento adiado No débito que se tem. Mulher que grita e reclama, Guardando a boca na brasa, Que, em tudo faz luta e drama, Afasta o homem de casa. Receita para os casais Para evitar maus momentos: Ciúme quando é demais É a praga do casamento. Há muito enlace que lembra Caminho de barro e bruma; Janjão teve seis esposas, Mas não amou a nenhuma. No mundo sempre em mudança, Os filhos, de lida em lida, São âncoras de esperança Que prendem as mães à vida. Amor é um diamante raro, Namoro é um velho garimpo… O enlace, se bem comparo, É o amor passado a limpo. Toda afeição que se aninha No templo vivo do peito É luz de amor que caminha No rumo do amor perfeito. |