Sofre o homem duas barras Às quais deve estar atento: É sempre a barra de saia E a barra do casamento. Dizem que um anjo rebelde. É que, há milênios passados, Colocou mel e veneno No beijo dos namorados. Até parece capricho Esta questão sempre aberta: Amor lembrando rabicho Dá desengano na certa. Namoro é uma encruzilhada, Vários rumos, chão afora… Cada par segue o que quer, A escolha é de quem namora. Se namoradas já queres, Muito em breve, pai serás; Do bem ou do mal que fizeres Mais tarde, receberás. Não preciso conselheiros. Nascendo em nova jornada, Ao contar quinze janeiros, Eu quero uma namorada. Namoro nos tempos novos Parece que principia Por volta da meia-noite E acaba, ao nascer do dia. Namoro já foi na estrada Um passeio calmo e lindo, Hoje, é carro em disparada E muitas moças sumindo… Casamento é um grande livro. Prefácio o namoro assume; Hoje, porém, pouca gente Lê o início do volume. De matrimônio, hoje em dia, Nada se indague à mulher, Que o homem case tranquilo E seja o que Deus quiser. Namoro é luz que descansa, Luz viva e superior; Sem o calor da esperança Não há berço para o amor. |