Foi nos teus braços que nascemos. E foi no teu seio dadivoso que evoluímos, desde os evos primordiais da nossa vida.
Tua infinita paciência sempre nos amparou. Tua generosidade incomparável nunca deixou de renovar nossas oportunidades de crescer e progredir, retificar e renascer.
Nós, porém, jamais soubemos valorizar-te as concessões, ó poderoso senhor das horas e das eras, mordomo excelso das benesses divinas!
Quão parcas vezes te agradecemos a dádiva de cada nova estação, de cada novo dia, das bênçãos que nos ofertas na sucessão inestancável dos minutos e dos séculos, nos milênios sem fim!
És tu que nos curas as mazelas, estancas nossas dores e nos propicias novas alegrias, para que possamos aprender e servir, viver e prosperar.
Se ainda não sabemos usar com proveito os dons com que nos presenteias, releva-nos a inaptidão, perdoa-nos a incúria, mas não cesses de ajudar-nos com a tua magnanimidade sem limites, conduzindo-nos, com a tua paciente sabedoria, ao oceano infinito da eternidade gloriosa e feliz!
Letícia
VOLTA, SENHOR!
Senhor, a dor cruel sufoca o mundo.
Tudo golpeia o egoísmo atroz.
O desespero espraia-se, iracundo.
Já mal se ouve da bondade a voz.
Rareia sobre a Terra o amor fecundo.
O bem da paz já não floresce em nós.
Infrene violência fere fundo.
Desagua o pranto em tormentosa foz.
Volta, Jesus, aos nossos tristes pagos!
Dá-nos de novo o dom dos teus afagos, Na doce luz do teu sublime ensino.
Mostra outra vez tua visão celeste, Renova-nos a graça que nos deste.
Deixa revermos teu olhar divino!
Letícia