As almas sem fé, que jornadeiam aventurosamente pelo mundo, são vítimas fáceis das garras do desespero.
Sem o arrimo da confiança filial na providência de Deus, dificilmente suportam, sem desgovernarse, os sopros mais brandos dos ventos da provação.
A doença lhes aniquila o bom ânimo, as decepções descoram-lhes os sonhos, a mágoa atordoa-lhes a razão.
Desequilibrados em qualquer derrota, confiam-se à cólera que enceguece, ao desânimo que atrofia, à revolta que desorienta, ao ódio que enlouquece.
São como barcos sem rumo, oscilando perigosamente em mares tormentosos, ou como aves longe do ninho, surpreendidas pela tempestade.
Entregue às próprias forças, a criatura humana poucas reservas possui de entendimento e paciência, humildade e coragem, para vencer, sem graves perdas, os desafios da vida.
Somente o dom da fé consegue resguardar incólumes, nas intempéries, as flores da esperança, na certeza da vitória final do amor e da justiça.
Por isso, o Divino Mestre recomendou a fé que move montanhas, como suprema garantia do bom ânimo e da paz.
André