Convenções sociais impelem-te, no mundo, ao tratamento cerimonioso com pessoas desconhecidas ou de elevada condição hierárquica.
É justo e natural que seja assim. A intimidade legítima só pode florescer na confiança que deflui do mútuo conhecimento e das provadas boas intenções.
Quando, porém, te refugiares na prece, e alteares pensamento e coração na direção dos cimos, não te reserves nem te acanhes.
Nos velhos tempos da história humana, o trato com as divindades regia-se pelo temor e pela inquietação, na insegurança quanto ao humor das potestades.
Jesus, porém, nos revelou a Paternidade Divina, abrindo ao nosso entendimento o caminho da espontaneidade nas relações filiais com o Criador.
Desde então, já não nos sentimos servos desamparados, sob o guante de déspotas terríveis, mas irmãos uns dos outros, no grande lar universal, em presença d’Aquele que nos criou e nos ama.
Abre, pois, a tua alma, sem receio e sem disfarces, quando sentires necessidade de pedir ou agradecer as dádivas do Céu, certo de que o Supremo Senhor te conhece pessoal e profundamente, muito melhor do que te conheces a ti mesmo.
Fazendo assim, a oração te fará mais tranquilo e mais forte, na comunhão com o Infinito.
Bem por isso, o Mestre Excelso recomendou que, quando orássemos, nos recolhêssemos dentro de nós mesmos, e, na simplicidade e na doçura das crianças, conversássemos com Deus, chamando-o de Pai.
Nina