Não creias por bagatela Que se despreze a capricho, Algo que largues ao lixo: O pouco que possas dar. Qualquer apoio miúdo. Por mais singelo que seja. E sempre luz benfazeja No instante de auxiliar. Medita no companheiro Que a prova martela e espanta, Que se deita e se levanta. Entre as grades da aflição; Talvez não saibas ainda Quanto lhe vale ao desgaste A roupa que abandonaste Ou qualquer sobra de pão. Vem conosco à grande escola Do esforço beneficente, Encontrarás o doente Com vasta luta a vencer. Ou a criança rejeitada Que não fala e apenas chora, Lírio humano, luz de aurora, Novo dia a amanhecer. Numa frase de esperança, Num pão, na paz de uma prece, Eleva, ajuda, esclarece E ampara seja a quem for; Quem estende mãos fraternas De quanto vejo e já vi, Está construindo em si O reino do Eterno Amor. |