E a vida continua intensamente… Transformações que chegam de improviso… Às vezes, é amargor que te apaga o sorriso, De outras, é a provação que te altera o lugar; Em quase toda parte o tumulto domina, A violência se alteia e se engalana, Mas as Vozes do Céu rogam à vida humana: — Trabalhar e servir, perdoar, perdoar… A incompreensão se estende em áridos conflitos, O passado interfere no presente, Preconceitos, em luta permanente, Tombam da inércia multissecular… Assemelha-se a Terra à nave, na tormenta, E, conquanto a tremer, sob atreva e o perigo, Procura as instruções do Cristo, o Excelso Amigo: — Trabalhar e servir, perdoar; perdoar… No entrechoque das forças que se embatem, Talvez tragas no peito, alma querida, Duras tribulações que te lesam a vida, Desgostos, solidão, amargura, pesar… No entanto, vendo o mal que te espreite ou te oprima, Que o cárcere da angústia não te prenda, Segue fazendo o bem, recordando a legenda: — Trabalhar e servir, perdoar, perdoar… O mundo é a grande escola e a vida é a grande mestra… De quanto a quando, explodem vastas crises, Dias de inquietação, momentos infelizes Para a renovação que nos pede avançar… Na mágoa que te envolve ou no fel que te humilha, Nas pedras do caminho em que a marcha te cansa, Desfralda, com Jesus, o lema da esperança: — Trabalhar e servir, perdoar, perdoar… |