Por que teria Jesus multiplicado os pães para a multidão que lhe ouvia a palavra? (Mt
Decerto que se o maná da revelação pudesse atender, de maneira total às necessidades da alma no Plano físico, não se preocuparia o Senhor em movimentar as migalhas do mundo para satisfazer à turba faminta.
É que o estômago vazio e o corpo doente alucinam os olhos e perturbam os ouvidos, impedindo a função do entendimento.
O viajante perdido no deserto, atormentado de secura, não compreenderá, de pronto, qualquer referência à Justiça Divina e à imortalidade da alma, de vez que retém a visão encadeada à sede que lhe segrega o espírito em miragens asfixiantes. Ao portador da verdade compete o dever de mitigar-lhe a aflição com a gota d’água, capaz de libertá-lo, a fim de que se lhe reajustem a tranquilidade e o equilíbrio.
A obra Espírita-Cristã não se resume, assim, à predicação pura e simples.
Jesus descerrou sublimados horizontes ao êxtase da Humanidade, mas curou o cego de Jericó, (Mt
Entendeu-se com os orientadores de Israel, (Lc
Indicava a conquista do Céu por meta divina ao voo das esperanças humanas, (Lc
Referiu-se à pureza dos lírios do campo, (Mt
Transfigurou-se em nume celeste no Tabor, (Mt
É que o Evangelho define a restauração do homem total.
A sina humana é a crisálida do anjo, como a Terra é material para a edificação do Reino de Deus.
Desprezar a fraternidade, uns para com os outros, mantendo a flama do conhecimento superior, será o mesmo que encarcerar a lâmpada acesa numa torre admirável, relegando à sombra os que padecem, desesperados, ou que se imobilizam, inermes, em derredor.
Essa mensagem foi também publicada em 2002, com atraso de 40 anos, pela UEM e é a 1ª lição da 2ª parte do livro “”