O regozijo da morte Que ninguém sabe dizer Tem a beleza da noite No instante do amanhecer. Ouvi alguém que dizia: — “Lá se vai o poeta morto”, Sem perceber a alegria Do sonho chegando ao porto. No momento derradeiro, Antes do sono feliz, Compus em gotas de pranto A trova que nunca fiz. Afeições enternecidas, Meus derradeiros amores!… Deus vos salve, mãos queridas, Que me cobristes de flores!… Morte!… No termo das provas, Senhor, agradeço a luz Com que adornaste de trovas As trevas de minha cruz! |