Servidores do Cristo, orai de sentinela! Eis que o mundo sangrando é campo de batalha, Onde a treva infeliz se distende e trabalha O coração sem Deus que, em sombras, se enregela. Ao carro da discórdia, a maldade se atrela… Do próprio firmamento em que o sol se agasalha Chove fogo cruel das nuvens de metralha E o mal intensifica a indômita procela. A Humanidade implora em súplicas estranhas Novos clarões de amor que removam as montanhas Contra o ódio voraz — nova Hidra de Lerna… Levantemos, irmãos, as almas consumidas, Espalhando no mundo em nossas próprias vidas, A lição de Jesus, renovadora e eterna! |
Soneto recebido em julho de 1948, em Pedro Leopoldo, estado de Minas Gerais.