Verdade e Amor

Capítulo XIII

Desencontro



Reunião pública no Grupo Espírita da Prece, em Uberaba (MG), 7 de março de 1992.


Nunca te esqueço o riso cristalino

Quando o fracasso vinha em nossa casa,

Soube, depois, que a voz que de ti se extravasa

Era para acalmar o teu pobre menino.


Breve, levou-te a Morte…

Não sei se por desastre ou por destino…

Chorei-te pela perda que me arrasa…

Viajei com meu pai… Vi famoso cassino…

Esqueci-te… Joguei… Não me domino…

Fiz a grande fortuna que me arrasa.

Envelheci jogando, até que um dia,

Recordei que na infância, eras minha alegria,

Mas a exaustão me toma o coração cansado…


Vi a Morte a meu lado

E perguntei:

“Dize, Morte, onde achar minha querida,

Minha mãe, meu amor e minha vida?!…”


Ela apenas me disse: “Entre os mortais…

Muitos anos passaram…

Sem receber de ti qualquer lembrança

Pediu reencarnação, em busca de esperança…

Vais vê-la no futuro ou nunca mais!”