Moradas de Luz

CAPÍTULO 18

APRENDAMOS



Emmanuel

Quem apenas discute, perde muita vez, as melhores oportunidades de construir para o Bem.


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Quem somente instrui o cérebro, aperfeiçoando as maneiras da criatura ou embelezando aspectos exteriores da luta, naturalmente encontrará, em muitas ocasiões, enigmas desconcertantes nos problemas sentimentais.


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Entretanto, aquele que aprende com a Vida Superior, educa sempre em todos os lugares e circunstâncias.


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Assim nos expressamos porque a verdadeira educação estabelece os seus fundamentos na alma, somente quando a alma desperta para a grandeza da Criação e algo pergunta acerca dos seus próprios destinos. E, para acordarmos interrogações edificantes nos outros, é imprescindível a conduta enobrecida, que converte a luta e a dor, o obstáculo e a sombra em motivos de Sublimação para a Imortalidade.


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A palavra ornamentada, o verbo comovente, a página emocionante e os variados carros de triunfo em que o poder transitório ou a evanescente ilusão se ostentam na Terra não tocam o espírito em suas fibras mais sensíveis e mais profundas.


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É preciso falar para os outros a linguagem inarticulada do exemplo que flui pelas atitudes e decisões, pelos gestos de fraternidade e pelas mãos operosas, porque o Homem Eterno somente percebe a oração dos atos para cogitar da Eternidade que é nosso patrimônio comum.


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Na cruzada de redenção pelo amor e pelo serviço em que nos empenhamos, não podemos esquecer a doutrinação instrutiva ou santificante, em todas as fases da boa luta a que fomos chamados, mas, se estamos interessados na vitória substancial do Bem, não olvidemos que se faz necessária a consagração de nós mesmos ao esclarecimento geral para que o próximo encontre em nós mesmos a leitura silenciosa e imediata dos princípios que nos propomos ensinar.


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Afeiçoemo-nos ao mestre, que se ofereceu para a elevação de todos, convencidos de que, plasmando em nós quanto aprendemos d’Ele, transformamos a nossa existência em livro divino, não somente para nós, mas para a humanidade inteira.