Narcisa Amália
Bernardone tomara o traje que o vestia. . .
E Francisco a seguir em roupa de estamenha, Roga, de casa em casa, o amparo que o mantenha, Nas ruínas do templo em que se refugia!. . .
Um punhado de trigo, uns pedaços de lenha, Restos de queijo e pão de uma pastelaria. . .
Aproxima-se a noite. . . A chuva é rala e fria. . .
De longe, vê o pai que o evita e desdenha. . .
Mais tarde, extenuado, atinge a estreita furna Dorme na pedra lisa, ouvindo a voz soturna De lobos a ganir, trinchando alguma presa!. . .
No outro dia, da estrada indagam jovens belas:
—Quem é aquele moço? E responde uma delas:
—É Francisco de Assis, o Noivo da Pobreza!. . .