“Nunca te esquecerei… Espere-me, querida!…” Disse o guerreiro audaz à jovem loura e bela. Quantas juras de amor o tempo desmantela!… Ei-la que sofre ao longe… Ele se casa e olvida. Mata-se a noiva triste ao saber-se esquecida E suporta no Além a mágoa a que se atrela. Nada ouve, nem vê… A dor é sentinela Que lhe renova o ser, restaurando-lhe a vida. Desencarnado, um dia, o castelão de outrora Descobre a moça em treva, arrepende-se e chora… Quer dar-lhe novo berço a refazer-lhe os passos… Hoje, em sítio singelo, é um pai atento e amigo, Cultiva o solo em paz e carrega consigo Uma filhinha cega a lhe sorrir nos braços. |