“Bate mais!… Bate mais!…” — E a senhora proclama: — “Escravo sem valor que morra na senzala!” O relho, em mão cruel, se desenrola, estala E a vítima, sangrando, expira sobre a lama. Quanto infeliz tombado ao pé da nobre dama!… Chega um dia, porém… Ei-la inerme, sem fala… Compadecidamente, a morte vem buscá-la. No Além, chora, censura, esbraveja, reclama… Por fim, quer renascer… Dá-lhe o Céu vida nova. Hoje, bela mulher, guarda um leito de prova, A dor lhe fere a carne e agarra o peito rouco… Sob o relho da angústia, a dona do passado Morre, sentindo o corpo exânime e quebrado, Ao câncer que a constringe e exaure, pouco a pouco. |