Visão Nova

Capítulo V

Fraternidade em ação



O insulamento de um povo é comumente a origem de grandes calamidades.

A evolução não admite intervalos e a coletividade relegada aos seus próprios caprichos costuma atrasar o relógio do progresso, acabando surpreendida por aflitivos desastres.

Fomos criados para o crescimento do Espírito. Somos a Família Universal.

Irmãos identificados pelos mesmos princípios, nossas lutas e alegrias, dificuldades e esperanças são quase sempre as mesmas em todos os climas da Terra.

Por isso mesmo, não nos esqueceremos da solidariedade sem deploráveis prejuízos.

Quem não aprende com os outros, sofre longo estágio no cipoal da ignorância.

Que não auxilia aos outros cristaliza-se no egoísmo.

Quem não se comunga com os outros viaja sozinho.

A propósito, recordamos que Moisés no início do Testamento colocou na boca paternal de Jeová, a frase que atravessaria os milênios: “não é bom que o homem esteja só”. (Gn 2:18)

Abandonada a si própria, a criatura inteligente acabaria esmagada pela complexidade da vida, mas ligada a todos, pelos laços do trabalho e do amor, encontra o próprio equilíbrio, satisfazendo aos imperativos do crescimento e da elevação, entrando na posse definitiva dos tesouros que a Vida Abundante lhe reserva.

Permutando experiências e ensinamentos, melhoramos as nossas realizações, porque se os nossos objetivos são inalteráveis, as condições e os problemas são diferentes.

A comunhão fraternal é o nosso caminho inevitável toda vez que desejamos a exaltação do bem com todos em favor de todos.

Eis porque desejando para nós todos a Luz Divina, no serviço de aproximação mútua que a Bondade do Senhor nos permite efetuar, aquecemos o coração no calor da boa vontade, aprendendo uns com os outros, sob o patrocínio do Divino Mestre, para elevar o nível da vida onde estivermos, compreendendo que Doutrina Espírita é sempre fraternidade em ação.