“Graças te rendo, ó Pai, senhor dos Céus e da Terra, que por haveres ocultado estas cousas aos doutos e aos prudentes e por as teres revelado aos simples e pequeninos!” — JESUS (Mt
“Homens, por que vos queixais das calamidades que vós mesmos amontoastes sobre as vossas cabeças? Desprezastes a santa e divina moral do Cristo; não vos espanteis, pois, de que a taça da iniquidade haja transbordado de todos os lados.” — ()
Alfabetizar e instruir sempre.
Sem escola, a Humanidade se embaraçaria na selva, no entanto, é imperioso lembrar que as maiores calamidades da guerra procedem dos louros da inteligência sem educação espiritual.
A intelectualidade requintada entretece lauréis à civilização, mas, por si só, não conseguiu, até hoje, frenar o poder das trevas.
A supercultura monumentalizou cidades imponentes e estabeleceu os engenhos que as arrasam.
Levantou embarcações que se alteiam como sendo palácios flutuantes e criou o torpedo que as põe a pique.
Estruturou asas metálicas poderosas que, em tempo breve, transportam o homem, através de todos os continentes e aprumou o bombardeiro que lhe destrói a casa.
Articulou máquinas que patrocinam o bem-estar no reduto doméstico e não impede a obsessão que, comumente, decorre do ócio demasiado.
Organizou hospitais eficientes e, de quando a quando, lhes superlota as mínimas dependências com os mutilados e feridos, enfileirados por ela própria, nas lutas de extermínio.
Alçou a cirurgia às inesperadas culminâncias e aprimorou as técnicas do aborto.
E, ainda agora, realiza incursões a pleno espaço, nos albores da astronáutica, e examina do alto os processos mais seguros de efetuar aniquilamentos em massa pelo foguete balístico.
Iluminemos o raciocínio sem descurar o sentimento. Burilemos o sentimento sem desprezar o raciocínio.
O Espiritismo, restaurando o Cristianismo, é universidade da alma. Nesse sentido, vale recordar que Jesus, o Mestre por excelência, nos ensinou, acima de tudo, a viver construindo para o bem e para a verdade, como a dizer-nos que a chama da cabeça não derrama a luz da felicidade sem o óleo do coração.
(Reformador, março de 1964, p. 64)