“Tomai sobre vós o meu jugo…” — JESUS (Mt
“Mas na união dos sexos a par da lei divina material, comum a todos os seres vivos, há outra lei divina, imutável como todas as leis de Deus, exclusivamente moral: a lei de amor.” —
Abençoa os conflitos que, tantas vezes, te amarfanham o coração no carreiro doméstico, sempre que o lar apareça por ninho de problemas e inquietações. É aí, entre as quatro paredes do reduto familiar, que reencontras a instrumentação do sofrimento reparador…
Amigos transfigurados em desafios à paciência…
Pais incompreensivos a te requisitarem entendimento…
Filhos convertidos em ásperos inquisidores da alma…
Parentes que se revelam por adversários ferrenhos sob o disfarce da consanguinidade…
Lutas inesperadas e amargas que dilapidam as melhores forças da existência pelo seu conteúdo de aflição…
Aceita as intimações do calvário doméstico, na feição com que se mostrem, como quem acolhe o remédio indispensável à própria cura.
Desertar será retardar a equação que a contabilidade da vida exigirá sempre, na matemática das causas e dos efeitos.
Nesse sentido, vale recordar que Jesus não afirmou que se alguém desejasse encontrá-lo necessitaria proclamar-lhe as virtudes, entretecer-lhe lauréis, homenagear-lhe o nome ou consagrar-se às atitudes de adoração, mas, sim, foi peremptório, asseverando que os candidatos à integração com ele precisariam carregar a própria cruz e seguir-lhe os passos, isto é, suportarem com serenidade e amor, entendimento e serviço os deveres de cada dia.
Bem-aventurado, pois, todo aquele que, apesar dos entraves e das lágrimas do caminho sustentar nos ombros, ainda mesmo desconjuntados e doloridos, a bendita carga das próprias obrigações.