Livro da Esperança

Capítulo LXXXII

Auxílio do Alto

“Porque aquele que pede, recebe; e, o que busca, encontra; e, ao que bate, se abre.” Jesus (Mateus 7:8)
“Desta maneir a, serás filho das tuas obr as, terás delas o mérito e ser ás recompensado de acordo com o que hajas feito.”
(ESE Capítulo 25, Item
3)


“Porque aquele que pede, recebe; e, o que busca, encontra: e, ao que bate, se abre.” — JESUS (Mt 7:8)


“Desta maneira, serás filho das tuas obras, terás delas o mérito e serás recompensado de acordo com o que hajas feito.” —


Deus auxilia sempre.

Observa, porém, o edifício ainda o mais singelo que se levanta no mundo.

Todos os recursos utilizados procedem fundamentalmente da Bondade Infinita. A inteligência do arquiteto, a força do obreiro, o apoio no solo e os materiais empregados constituem dons da Eterna Sabedoria, contudo, delineamentos da planta, elementos de alvenaria, metais diversos e agentes outros da construção não se expressaram e nem se arregimentaram no serviço a toque mágico.

O lavrador roga bom tempo a Deus, mas não colhe sem plantar, embora Deus lhe enriqueça as tarefas com os favores do clima.

As leis de Deus protegem a casa, no entanto, se o morador não a protege, as mesmas leis de Deus, com o tempo, transformam-na em ruína, até que apareça alguém com suficiente compreensão do próprio dever, que se proponha a reconstruí-la e habitá-la com respeito e segurança.

Em toda parte, a natureza encarece o Apoio Divino, mas não deixa de recomendar, ainda que sem palavras, o impositivo do Esforço Humano.

A Criação pode ser comparada à imensa propriedade do Criador que a usufrui com todas as criaturas, em condomínio perfeito, no qual as responsabilidades crescem com a extensão dos conhecimentos e dos bens obtidos.

Não te digas, dessa forma, sem a obrigação de pensar, estudar, influenciar, programar, agir e fazer.

“Ajuda-te que o Céu te ajudará” () — proclama a sabedoria. Isso, no fundo, equivale a dizer que as leis de Deus estão invariavelmente prontas a efetuarem o máximo em nosso favor, entretanto, nada conseguirão realizar por nós, se não dermos de nós pelo menos o mínimo.




(Reformador, agosto de 1964, p. 194)