Livro da Esperança

Capítulo LXXXV

Comunidade

“Porque com o juízo quê julgardes, sereis julgados e a medida com que tiverdes medido vos hão de medir a vós.” Jesus (Mateus 7:2)
“A caridade o a fr aternidade não se decretam em leis. Se uma e a outr a não estiver em no cor ação, o egoísmo ai sempr e imper ará. Cabe ao Espiritismo fazê-los, penetr ar nele.”
(ESE Capítulo 25, Item
8)


“Porque com o juízo que julgardes, sereis julgados e a medida com que tiverdes medido vos hão de medir a vós.” — JESUS (Mt 7:2)


“A caridade e a fraternidade não se decretam em leis. Se uma e outra não estiverem no coração, o egoísmo ai sempre imperará. Cabe ao Espiritismo faze-las penetrar nele.” —


Sempre que possas, lança um gesto de amor àqueles que se apagam no dia a dia, para que te não faltem segurança e conforto.

Vértice não se empina sem base.


Banqueteias-te, selecionando iguarias.

Legiões de pessoas se esfalfam nas tarefas do campo ou nas lides da indústria para que o pão te não falhe.


Resides no lar, onde restauras as forças.

Dezenas de obreiros sofreram duras provas ao levantá-lo.


Materializas o pensamento na página fulgurante que o teu nome chancela.

Multidões de operários atendem ao serviço para que o papel te sirva de veículo.


Ostentas o cetro da autoridade.

Milhares de companheiros suportam obscuras atividades para que o poder te brilhe nas mãos.


Quanto puderes, como puderes e onde puderes, na pauta da consciência tranquila, cede algo dos bens que desfrutas, em favor dos companheiros anônimos que te garantem os bens.

Protege os braços que te alimentam.

Ajuda aos que te sustentam a moradia.

Escreve em auxílio dos que te favorecem a inteligência.

Ampara os que te asseguram o bem-estar.

Ninguém consegue ser ou ter isso ou aquilo, sem que alguém lhe apóie os movimentos naquilo ou nisso.

Trabalha a benefício dos outros, considerando o esforço que os outros realizam por ti.

Não há rios sem fontes, como não existe frente sem retaguarda.

Na Terra, o astrônomo que define a luz das estrelas é também constrangido a sustentar-se com os recursos do chão.




No original impresso: “para que o papel te obedeça”.


(Reformador, abril de 1964, p. 97)