“E chegando a Nazaré, onde fora criado, entrou num dia de sábado, segundo o seu costume, na sinagoga, e levantou-se para ler.” — (Lc
Se houve alguém na Terra com bastante iluminação para prescindir do auxílio de livros edificantes, esse alguém foi Jesus; entretanto, o Cristo leu, segundo a notícia dos Evangelhos.
O bom livro é sublime roteiro de claridades espirituais, constituindo a presença dos elevados mensageiros da evolução.
É interessante observar que, conforme a notificação do apóstolo, Jesus se levantou para a leitura dos Escritos Sagrados.
Indicaria semelhante atitude determinada obrigação convencionalista aos aprendizes do cristianismo?
Sabe-se que o Divino Mestre nunca impôs qualquer gesto de convenção. Seu exemplo, todavia, convida-nos a expressões muito mais altas.
É indispensável que recebamos as páginas edificantes, de coração e mente levantados ao Altíssimo.
Há estudantes que tomam as Lições Divinas, tão fortemente agarrados ao chão duro do pessimismo ou à lama escorregadia das paixões bastardas, que impossível se lhes torna a retenção de qualquer raio mínimo de claridade espiritual.
Faz-se imprescindível erguer a mente e fixá-la no monte da iluminação. Não é possível receber mensagens de Cristo e sugestões do mal, ao mesmo tempo.
Relaciona o Evangelho de Lucas que, chegando o Mestre a Nazaré, onde se demorara a maior parte de tempo, na sua passagem pela Terra, entrou na assembleia dos que se dedicavam ao estudo da revelação, consoante seu costume, e levantou-se para ler.
Todo aprendiz tem sua Nazaré, sua zona de atividade rotineira. É preciso que cada qual estabeleça aí o hábito de cultivar as possibilidades espirituais, em face dos apelos divinos e, no instante de entrar em contato com os ensinos superiores, deve erguer a mente a Deus, a fim de que o Pai encontre lugar adequado em nós, para conceder com proveito as suas bênçãos divinas.