“Não vos inquieteis, pois, pelo dia de amanhã, porque o dia de amanhã cuidará de si mesmo.” – Jesus (Mt
Os peregrinos de todos os tempos nunca perderam o ensejo de inquinar [falsamente as] afirmativas evangélicas.
A recomendação de Jesus referente à inquietude, é das que mais se prestou aos argumentos dos discutidores ociosos.
Depois que o Cristo aludiu aos lírios do campo, não foram poucos os que reconheceram a si mesmos na qualidade de flores, quando não passam [ainda] de plantas espinhosas.
Em verdade, o lírio não fia, não tece, consoante o ensinamento do Senhor, (Mt
Não pede admiração alheia, floresce no jardim da atmosfera [ou na terra inculta, dá seu perfume ao vento que passa], enfeita a alegria ou consola a tristeza, é útil à doença e à saúde, não se revolta quando lhe fenece o próprio brilho ou quando mãos egoístas o separam do berço em que nasceu.
Será que o ocioso toma igualmente o padrão do lírio em relação à sua existência na humanidade?
Recomendou Jesus que o homem não guardasse ansiedade nociva, relativamente à comida, ao modo de trabalhar, ao vestuário, às questões acessórias [do campo material].
Ensinou que o dia, representando a resultante de leis gerais do Universo, atenderia a si mesmo. Isso é incontestável.
Para o discípulo fiel, vestir e comer são cousas simples. Trabalhar constitui alegria de servir em qualquer parte e o dia significa oportunidade santa de cooperar no bem.
Mas [basear-se nessas realidades simples para] afirmar daí que o homem deva caminhar sem cuidado de si próprio, seria menosprezar esforços de Cristo, convertendo-Lhe as palavras em programa de vagabundo.
O homem não pode nutrir a pretensão de retificar o mundo ou os seus semelhantes de um dia para outro, atormentando-se em aflições descabidas, mas deve ter cuidado de si, melhorando-se, educando-se e iluminando-se, [sempre mais].
De fato, a ave canta feliz, mas faz sua casa.
A flor adorna-se tranquila, mas atende aos Desígnios de Deus.
O homem deve viver confiante, mas atento em se organizar para a obra divina da perfeição.
O conteúdo acima, diferindo bastante nas palavras marcadas e [entre colchetes], foi publicado em 1951 pela FEB e é a 152ª lição do livro “”