Quando entregamos à Federação Espírita Brasileira, em 1955, o primeiro livro de mensagens psicofônicas obtidas em nosso grupo, não esperávamos a satisfação de recolher nova cópia de material para a constituição de um livro semelhante.
Dignaram-se, porém, nossos 1nstrutores Espirituais trazer-nos novos avisos, advertências e instruções e, com esses recursos, formamos o presente volume que ofertamos ao estudo e à reflexão dos nossos companheiros de ideal e de fé, na certeza de que assimilarão o ensinamento e receberão o consolo com que fomos, por nossa vez, agraciados.
Após haver explicado, em documento anterior, o funcionamento e as finalidades do nosso templo de fraternidade e oração, em cujas atividades foi, ainda, o médium Francisco Cândido Xavier o instrumento das mensagens que apresentamos, mensagens essas que foram sempre por ele transmitidas depois das tarefas que lhe cabem nos serviços de desobsessão, ao lado dos outros médiuns de nossa casa, dispensamo-nos de mais amplos esclarecimentos, para somente agradecer aos Benfeitores do Alto a generosa proteção que invariavelmente nos dispensaram, rogando a Nosso Senhor Jesus nos conserve a felicidade de continuar trabalhando e aprendendo, em nosso núcleo de ação, com o amparo de sua Infinita Bondade e com o socorro de sua Bênção.
Pedro Leopoldo, 30 de maio de 1957.
Documento anterior — “”, Edição da FEB, 1956.
“Chegada pois a tarde daquele dia, o primeiro da semana, e cerradas as portas onde os discípulos, com medo dos judeus, se haviam ajuntado, chegou Jesus e pôs-se no meio, exclamando: — Paz seja convosco.” — (Jo
Senhor, o primeiro culto cristão, depois de tua passagem pelo túmulo, foi uma reunião de teus discípulos, junto aos quais ressurgiste do Grande Além, instalando com a tua autoridade sublime o intercâmbio entre os vivos da Terra e os vivos do Plano Espiritual.
Mestre redivivo, trazias aos seguidores mergulhados na sombra a radiosa claridade que fulge além dos portais de cinza…
Falaste depois da morte, e a fé levantou-se nos corações, restaurando a esperança e a alegria.
Falaste depois da morte, e o amor que trouxeste ao chão do mundo refloriu em bênçãos de fraternidade, frutificando em obras de compaixão e justiça, entendimento e solidariedade, refazendo o sentido da civilização, por desfazer milenárias algemas de viciação e de ignorância, em favor da libertação moral dos povos da Terra…
Aqui também, nestas páginas, falamos nós, alguns amigos, de retorno à convivência dos companheiros ainda na experiência humana, tentando algo dizer-lhes do teu Evangelho de Redenção.
Digna-te, Senhor, abençoar-nos o esforço humilde! Converte-nos a palavra em alimento de otimismo e consolo, amizade e compreensão no serviço do bem, e que todos nós, os pequenos aprendizes da tua lição divina, encarnados ou libertos do campo físico, novamente reunidos na leira de renovação e progresso que nos compete lavrar, possamos ouvir-te a celeste mensagem de confiança e encorajamento: — “Paz seja convosco.”
Pedro Leopoldo, 29 de maio de 1957.
Qual aconteceu no lançamento do primeiro livro de mensagens psicofônicas obtidas no Grupo “Meimei”, pedimos vênia ao leitor para anexar ao presente volume o terceiro e o quarto boletins anuais de serviço da nossa equipe de ação, alusivos às nossas atividades, no período de 31 de julho de 1954 a 30 de julho de 1956, tão somente por motivo de estudo.
Repetimos que os informes, em torno do aproveitamento das entidades sofredoras em nossa casa de fraternidade e oração, derivam-se do esclarecimento de nossos instrutores desencarnados, que assim procedem — afirmam eles —, não para que sejamos induzidos à preocupação de estatística em obra espirituais, mas sim com objetivos de alertamento e educação.
O Grupo realizou, durante o ano, 51 sessões práticas, com a seguinte estatística:
424 incorporações de Espíritos perturbadores e sofredores, referentes a 401 entidades e 23 reincidências.
Os 401 companheiros menos felizes, que compareceram às reuniões do Grupo, estão assim subdivididos:
51 irmãos ligados ao pretérito remoto e próximo de componentes da agremiação.
282 necessitados de assistência e orientação. 68 recém-desencarnados.
Os comunicantes foram catalogados na seguinte ordem:
17 casos de licantropia e suicídio.
151 casos de demência espiritual.
68 casos de choques por desencarnação.
26 manifestações de perseguidores da Doutrina Espírita.
1 caso de animismo.
138 casos de perturbações diversas.
De conformidade com os esclarecimentos dos Mentores Espirituais do Grupo, o aproveitamento das entidades que receberam assistência, no decurso do ano 1954-1955, foi o seguinte:
23 irmãos foram perfeitamente curados e renovados para o bem, salientando-se que 8 deles passaram a cooperar nos serviços da Instituição.
76 companheiros retiraram-se esclarecidos e melhorados.
98 entidades apresentaram melhoras reduzidas.
214 comunicantes foram considerados, por enquanto, impassíveis e impenitentes.
No decurso das sessões, foram efetuadas 206 incorporações de Amigos e Benfeitores Espirituais, para serviços de cooperação e diretrizes, assim discriminados:
102 comunicações de instruções, avisos e preces, na abertura dos trabalhos.
50 interferências para concurso direto na solução dos casos difíceis de esclarecimento a companheiros necessitados.
54 preleções educativas no encerramento das reuniões.
Acerca do programa de serviço do Grupo “Meimei”, aqui transcrevemos alguns pensamentos de dois dos seus Benfeitores Espirituais, grafados em mensagens ditadas na 1nstituição:
Movimenta-se o homem, no centro de vasta farmácia no mundo. Aqui é a sulfa purificadora, ali é a radioatividade curativa, acolá é a insulina e o eletrochoque para o reequilíbrio nervoso, adiante, é o comprimido para a dor de cabeça, mais à frente, é o inalante para a desobstrução das vias respiratórias… Não olvides, contudo, o socorro à própria mente. Lembra-te de que os vivos da Terra e os vivos da Espiritualidade, impropriamente considerados “mortos”, respiram nas faixas da influência mútua e estende o auxílio fraterno aos desencarnados que sofrem no Além, através da frase consoladora ou da migalha de sol da prece, na certeza de que, amanhã, serás igualmente conduzido ao cinzento portal da morte.
A oração que nasce do amor é uma luz que n alma humana acende no mundo, estendendo irradiações e bênçãos que ninguém pode conhecer, enquanto se demora no corpo de carne terrestre.
Pedro Leopoldo, 1.° de agosto de 1955.
O Grupo realizou, durante o ano, 51 sessões práticas, com a seguinte quota de serviço:
445 manifestações psicofônicas de Espíritos perturbados e sofredores, totalizando 436 entidades e 9 reincidências.
Os 436 companheiros menos felizes, que compareceram às reuniões, estão assim subdivididos:
94 irmãos ligados ao passado próximo ou remoto de componentes da agremiação.
282 necessitados de assistência e orientação.
60 recém-desencarnados.
Os comunicantes foram assim catalogados na seguinte ordem:
7 casos de licantropia.
55 casos de demência espiritual.
60 casos de choques por desencarnação.
19 suicidas.
38 perseguidores da Doutrina Espírita.
257 casos de perturbações diversas.
De conformidade com os esclarecimentos dos Mentores Espirituais do Grupo, o aproveitamento das entidades que receberam assistência, no transcurso do ano 1955-1956, foi o seguinte:
27 irmãos foram perfeitamente reajustados para o bem, salientando-se que 2 deles passaram a cooperar nos serviços da Instituição.
83 companheiros retiraram-se esclarecidos e melhorados.
104 entidades apresentaram melhoras reduzidas.
222 comunicantes foram considerados, por enquanto, impassíveis e indiferentes.
No decurso das sessões, foram efetuadas 163 incorporações de Amigos e Benfeitores Espirituais para serviços de colaboração e diretrizes, assim discriminadas:
92 comunicações de instruções, avisos e preces, na abertura das tarefas espirituais.
15 interferências para concurso direto na solução de processos difíceis de esclarecimento a companheiros necessitados.
56 preleções educativas no encerramento das reuniões.
Com referência ao programa de serviço do Grupo, aqui transcrevemos alguns pensamentos de dois dos seus Benfeitores Espirituais, grafados em mensagens ditadas na 1nstituição:
Não olvides, sim, a caridade que alimenta os famintos e veste os nus, que socorre os doentes e alivia os necessitados da paisagem humana; contudo, não te esqueças da caridade que consola a alma enfermiça, encarnada ou desencarnada, esclarecendo-a e renovando-a para a glória do bem, porque, somente através da bênção do amor no coração e na consciência, é que conseguiremos com o Senhor a extinção da treva e a vitória da luz.
Ajuda hoje a alma em sombra
Que te procura a sofrer.
Amanhã será teu dia
De rogar e receber.
Pedro Leopoldo, 1.° de agosto de 1956.