Concluíamos as nossas atividades, na reunião da noite de 21 de junho de 1956, quando nosso companheiro espiritual José Xavier ocupou as faculdades psicofônicas do médium e ditou, contente:
Meus irmãos, no encerramento Das nossas horas de luz, Mantenhamos nossas almas Na inspiração de Jesus. Um novo amigo na estrada É sempre bela conquista. Nós hoje receberemos Um sacerdote paulista. O estimado padre Esteves, Servo do bem contra o mal, É hoje instrutor da vida No Plano espiritual. Vamos ouvir-lhe a palavra Com respeitosa atenção, Guardando minutos breves, De silêncio e de oração. |
Retirou-se José Xavier e, logo após, o visitante anunciado se fez sentir, operando larga transfiguração no semblante mediúnico e passando a proferir o notável soneto aqui apresentado.
Ei-lo! a mensagem nova!… É a nova luz que avança, Paz e consolação, ideal e doutrina, Exumando da treva a chama peregrina Do Evangelho imortal do amor e da esperança. É a lição do Senhor que torna cristalina A refazer-se, pura, e a fulgir sem mudança, O eterno dom de Deus, que novamente alcança A Terra imersa em dor, que se eleva e ilumina. É a fé que purifica o lar, a escola e o templo, Exaltando a vitória e a beleza do exemplo, No culto à, caridade, incessante e profundo… O Espiritismo em Cristo é o Céu que vem de novo Revelar-se, divino, ao coração do povo Para a glória da vida e redenção do mundo. |
L. ESTEVES — Sacerdote católico em terra paulista. Poeta de vasto merecimento. Desencarnado no Estado de São Paulo.