Compadece-te de todos aqueles que não podem ou não sabem esperar.
Estão eles em toda parte. Quase sempre são vítimas da inquietação e do medo.
Observa quantos já transpuseram as linhas da própria segurança.
São casais que não se toleram nas primeiras rusgas do matrimônio e desfazem a união em que se compromissaram, abraçando riscos pelos quais, em muitas circunstâncias, cedo se encaminham para sofrimento maior;
são mães que rejeitam os filhos que carregam no seio, entregando-se à prática do aborto, recusando a presença de criaturas que se lhes fariam instrumentos de redenção e reconforto no futuro, caindo, às vezes, em largas faixas de doença ou desequilíbrio;
são homens que repelem os problemas inerentes às tarefas que lhes dizem respeito, escapando para situações duvidosas, sob a alegação de que procuram distração e repouso, quando apenas estão dilapidando a estabilidade das obras que, mais tarde, lhes propiciariam refazimento e descanso;
são amigos doentes ou desesperados que se rebelam contra os supostos desgostos da vida e se inclinam para o suicídio, destruindo os recursos e oportunidades que os transportariam para a conquista da vitória e da paz em si mesmos;
são jovens, famintos de liberdade e prazer que, impedidos naturalmente do acesso a satisfações imediatas, se engolfam no abuso dos alucinógenos, estragando as faculdades com que o tempo os auxiliaria na construção da felicidade porvindoura.
Façamos algo por eles, os nossos irmãos que ignoram ou que não querem aceitar os benefícios da serenidade e da esperança.
Pronuncia algumas frases de otimismo e encorajamento; escreve algum bilhete que os reanime para a bênção de viver e servir; estende simpatia em algum gesto espontâneo de gentileza; repete consideração e concurso amigo nos diálogos que colaborem na sustentação da paz e da solidariedade.
Não te declares sem possibilidade de contribuir, nem digas que tens todas as tuas horas repletas de encargos e serviços dor quais não te podes distanciar.
Faze algo, no erguimento do bem. Nas realizações da fraternidade, quem ama faz o tempo.