Saudação do Natal

CAPÍTULO 17

PETIÇÃO DE FILHA



Ana Monteiro "De nada sabes, Mãe. . . " eis que eu dizia A gritar palavrões, cerrando a porta. . .

Trocando-te doente e semi-morta Por noites de ilusão e rebeldia.

Lembro-te trabalhando, qual que via, No tanque de lavar, no apoio à horta. . .

Partiste para o Além. . . A dor me corta, Entretanto, o prazer me consumia. . .

Fui rica, mas a morte em meu cansaço Tudo arrasou em penúria e fracasso, Falando-me em remorso e ingratidão. . .

Sinto-me só, embora socorrida, Vem amparar-me, luz de minha vida, Anjo querido de meu coração.