Traços de Chico Xavier - capa

Traços de Chico Xavier

CAPÍTULO 6
Ilustração tribal

50 Anos Depois: Este jubileu vale mais que ouro



O médium de Uberaba atinge o meio centenário de glórias, evitando as glorificações humanas. Por sinal, ele está em repouso, naturalmente esgotado por uma atividade fora de série que se intensificou nos últimos 6 anos, a partir daqueles dois "Pinga-Fogos", na televisão, quando delineouse de fato em nosso país nova fase de concepção e observação popular.

Hoje, já se pode falar (tendo em vista o sucesso retumbante de Chico na TV) em "antes e depois de Chico Xavier". Enquanto há os que se curvam reverentes e gratos a Chico Xavier por estes 50 anos de caridade, amor e verdade na perfeita personificação do Paracleto entre nós, no "Coração do Mundo, Pátria do Evangelho", há os exploradores, aproveitadores e açambarcadores "à margem do espiritismo". A sombra do humilde médium mineiro é usada como que uma capa apanhada sorrateiramente, para proveitos diversos. Mensagens duvidosas, apócrifas, forjadas, adulteradas, rolam pelas ribanceiras dos mistificadores insaciáveis, falsos profetas que procuram uma santificação à custa dos 50 anos de trabalho cristão verdadeiro deste homem que não admite ser mais que um burro de carga da Espiritualidade, mas a cujos pés os farsantes das sombras deveriam em verdade se prostrar, envergonhados de tantas sandices, maldades e cinismo. Peçamos a Deus muitos e muitos anos de existência física para o querido Chico, o Brasil precisa dele. Porque do Brasil, para todo o mundo, através da Doutrina Espírita, partem as claridades redentoras. Manifestamos a Chico Xavier a nossa alegria por este jubileu que vale mais que ouro. São 50 anos de amor puro, sob a árvore frondosa do Evangelho.


Zair Cansado Jornal Espírita, julho de 1977, São Paulo, SP