Ainda e sempre, a vaidade humana prossegue na caça incessante aos títulos máximos na Terra.
Cartazes da imprensa e programas tele-radiofônicos na atualidade cogitam de campeões variados que brilham, passageiros na ribalta do mundo.
O maior pensador. . .
O maior cientista. . .
O maior industrial. . .
O artista maior. . .
E o campo de realizações terrestres, copiando-lhes o impulso, apresenta com garbo os seus expoentes mais altos. . .
O maior arranha-céu. . .
O maior transatlântico. . .
O maior espetáculo. . .
A fortuna maior. . .
Todavia, semelhantes pruridos de evidência terrestre não são novos.
Há quase vinte séculos, surgiam eles igualmente no colégio dos seguidores humildes do Senhor.
Nem mesmo os aprendizes do Evangelho, despretensiosos e simples conseguiram fugir à tentação do destaque pessoal.
Eles próprios, na antevisão do paraíso, indagaram do Mestre, com desassombro inconsciente:
—Quem seria o maior no Reino dos Céus?
E a resposta do Cristo, ainda hoje, é um desafio à nossa fé.
O maior no Reino do Amor será sempre aquele que se fizer o servo infatigável de todos, aquele que, em se esquecendo, oferece aos outros a própria alegria que não possui, e que, em se ajustando à máquina do bem, possa apagar-se, contente e anônimo, atendendo, no lugar que lhe é próprio, a tarefa que o Senhor lhe determina. . .
Se procuras a comunhão com Jesus, onde estiverdes, olvida a ti mesmo pela glória de ser útil.
Ajuda, aprende, ampara, compreende, crê e espera cada dia. . .
E, servindo sempre, encontrarás com o Mestre Divino a felicidade perfeita, penetrando com Ele o segredo sublime da cruz, pelo qual, em se rendendo à suprema renúncia, fez-se a luz das nações e a esperança da Humanidade inteira.
Emmanuel
Psicografia em Reunião Pública. Data – 7-2-1955.
Local – Centro Espírita Luiz Gonzaga, na cidade de Pedro Leopoldo, Minas.