Todos buscamos a confortadora emoção do contato com Jesus através de exposições variadas da Boa Nova, nas mais diversas línguas.
Sedentos de luz tentamos interpretações novas do Mestre, em novos tons e diferenciados estilos. Estudamos passagens múltiplas de seu apostolado, gastando dias e existências na pesquisa de valores da Revelação. Por vezes, discutimos, acaloradamente, transformando-nos, não raro, em ásperos paladinos da verdade, na ânsia de aproximação do Amigo Divino, consumindo o tempo na experimentação, no exame, na expectativa. . .
Mas, se na realidade somos os aprendizes de muitos séculos, ouvintes e beneficiários do Sublime Orientador que jamais se enfada de nossas indagações, quase sempre caracterizadas pela imobilidade, famintos de bênçãos a procura de exposições humanas dos ensinamentos do Céu, o Senhor aguarda, igualmente, com justificada sede de compreensão, a tradução divina do seu Evangelho de Amor, em nossas próprias vidas, nas linhas retas de nossas atitudes, nas frases construtivas do nosso sentimento, nos trechos edificantes de nossos testemunhos de fé e nos discursos substanciais de nossas ações de fraternidade e serviço, elevação e regeneração, uns à frente dos outros.
Entre nós, precisamos de letrados e oradores, de artistas intelectuais e de mordomos do verbo para semear a Boa Nova, mas Jesus pede simplesmente irmãos e amigos, companheiros e lidadores, tocados de confiança, simplicidade e dedicação, que lhe expressem no mundo a conceituação dignificante da vida.
Esforcemo-nos para que não estejamos somente aptos a traçar a fraseologia convincente e brilhante, por intermédio da palavra ou do lápis, ensinando a ciência da renovação para a vida superior, que nos constitui elevado dever, mas que nos habilitemos também à divina tradução do Testamento de Luz, convertendo as nossas experiências em páginas vivas de exemplificação santificante e beleza imortal.
Emmanuel
Psicografia em Reunião Pública. Data – 12-6-1950.
Local – Centro Espírita Luiz Gonzaga, na cidade de Pedro Leopoldo, Minas.