Se estivermos realmente empenhados na lavoura do Espiritismo com Jesus, não olvidemos que a hora é de trabalho ativo para cada um de nos, na caridade cristã.
Hora em que nos cabe o esquecimento de todo o mal, no soerguimento da própria individualidade para a Vida Maior, despreocupando-nos da imperfeição ou da deficiência dos outros, de modo a crescermos na obra fraternal do progresso comum, a benefício de nós mesmos.
Não reclamemos orientações novas.
Centralizemos a atenção, em torno dos roteiros que temos recebido e atendamos as instruções que descansam, indefinidamente em nosso êxtase ou em nosso raciocínio.
Fujamos à pesada concha da personalidade interior, com que nos arrastamos, há séculos, no chão escuro dos hábitos multi-milenários que nos são próprios.
Consolemos, ao invés de exigir novas consolações.
Ajudemos, antes de pedir novo auxílio.
Compreendamos, sem esperar que o nosso companheiro seja obrigado a entender-nos.
Amemos, semeando fraternidade e luz, sem a expectativa de sermos amados pelas criaturas que ainda não se harmonizam conosco.
Espiritismo é escola de crescimento mental, de elevação da alma e de desintegração dos nossos antigos impulsos de animalidade e primitivismo.
Pratiquemos essa divina caridade – a caridade de nos renovarmos para o Infinito Bem – a fim de que outros se inspirem na jornada cristã sobre a contemplação do nosso esforço.
A hora é de aplicação, de serviço, de solidariedade, de entendimento e, sobretudo, de boa vontade.
Aproveitando-a, alcançaremos a glória da vida; esquecendo-a, pela nossa indiferença ou pela nossa inércia, estejamos convencidos de que seguiremos para a grande estagnação nas sombras da morte.
Emmanuel
Psicografia em Reunião Pública. Data – 19-3-1951.
Local – Centro Espírita Luiz Gonzaga, na cidade de Pedro Leopoldo, Minas.