Amigo, somos dóceis instrumentos que Deus colocou ao alcance de sua vontade para servi-lo sem cansaço.
Alavancas submissas, erguemos o mundo se você desejar.
Ferramentas humildes, submetemo-nos a quaisquer labores a que vocês nos leve.
Servidoras confiantes, entrega-mo-nos aos seus menores desejos e movimentamo-nos precipites para agradá-lo.
Irmãs da ação constante, pedimos-lhe orientação e diretriz.
Operárias ativas, não lhe rogamos repouso. Este conduzir-nos-ia à inutilidade e à morte.
Amigas devotadas, propiciamos-lhe o júbilo do afago e a segurança do amparo.
Não nos atire à indiferença.
Não nos entregue à ociosidade.
Eduque-nos no serviço com vontade férrea.
Não nos habitue à desordem.
Conduza-nos com severidade hoje, para que o não lancemos ao abismo do crime amanhã.
Corrija-nos no silêncio do trabalho ativo, amparando-nos os desordenados movimentos, filhos dos seus impulsos inferiores, a fim de não sermos causa de muitos arrependimentos.
Escute-nos sem irritação: Conduzimos o alimento aos seus lábios — mantenha-nos asseadas;
carregamos os seus volumes — enrijeça-nos no dever;
sustentamos seus serviços — ajude-nos com bondade;
acariciamos o seu amor — respeite-nos;
unimo-nos, à hora da sua prece — alce-nos aos serviços nobres.
Companheiro e amigo, faça de nós trabalhadoras da sua paz, da sua ventura, e nunca você se arrependerá.
Desejamos servi-lo até nossos últimos dias, sem exigências, sem reclamações — utilize-nos também a serviço de Deus junto à dor de todos e bendiremos a sua vida, adornando-nos de luz para glorificá- lo.
Somos suas mãos, humildes e devotadas — ame-nos!