Você se diz sem culpa, considerando as calamidades de toda ordem que conduzem à aflição e ao sofrimento e se faz observador indiferente como se a dor dos outros não lhe fosse a própria dor.
Convém recordar, todavia, que ó considerado cúmplice ou, pelo menos, coparticipante quem conhece um criminoso em potencial ou uma desgraça iminente e nada faz por desviá-los".
Se você acompanha o progresso de modesta chama rebelde num silo de víveres e nada faz, logo estará cercado por incêndio devastador.
"água aumenta incessante mente, dentro em breve vê-lo-á despedaçado, alagando em derredor.
Se você observa o pântano que adensa lodo pútrido e não contribui com uma vala de escoamento será, mais tarde, acometido de febre ou envenenado pelos gases letais.
Se você vê a violência da alta tensão elétrica açoitando cabos de aço na via pública e não desliga a chave ab alcance das suas mãos, você é o responsável pelos danos de quantos sejam atingidos. . .
O cristão desconhece as expressões: "que me importa"? ou "não tenho nada com isso".
Todos temos algo com alguma coisa.
Na Terra não há lugar para os indiferentes nem para os egoístas.
Todo aquele que elabora para si mesmo pode eçambarcar muito e estreitar pouco nos próprios braços.
Ninguém é autossuficiente.
Sob o sol todos dependem uns dos outros.
A chuva nasce na nuvem que se origina no mar que se nutre dos rios que se amparam nas nuvens. . .
As Leis Divinas prescrevem que ninguém seja senhor de coisa alguma, participando, porém, dos bens de todos.
Em você mesmo vibra grandiosa lição: você depende da máquina orgânica para evoluir, mas também ela depende do seu carinho para sobreviver.
Evite, assim, quanto esteja ao seu alcance, a propagação do mal, agindo bem.
Coloque os recursos da sua mente, das suas palavras e das suas mãos nas mãos do Trabalhador Infatigável e concluirá que o bem que você oferece aos outros é bem que faz a você mesmo.