Ementário Espírita

CAPÍTULO 42

NAS TAREFAS DESAFIO



Não espere que a morte o desembarasse dos problemas físicos para que possa ajudar eficientemente.

Sadio que fala sobre enfermidade sem a ter conhecido é como lavrador que comenta um solo em que nunca laborou.

Benfeitor é todo aquele que ajuda, em qualquer tempo ou situação, como pode e com o que tem.


* * *

Não adie para depois da morte o que você deve fazer em favor do além-túmulo.

Candidate-se à bênção de espalhar benefícios, colocando o coração nas mãos e sublimando o raciocínio.

O dia raia hoje para que você converta as horas em moedas de esperança e felicidade.

Não prefira o "mais tarde" ao "agora" no exercício do dever.

Entre a doação que você poderá fazer depois e o bem que pode fazer neste momento, há um espaço infinito que, talvez, você não preencha.

Não confie em que a desencarnação lhe oferecerá asas para os grandes voos da caridade no céu do espírito.

Quem não se acostumou a caminhar no auxílio, jamais plainará no benefício.

Não requeira para o futuro os compromissos do presente.


* * *

Amanhã, novas tarefas serão somadas aos deveres adiados e, desacotusmado à libertação das responsabilidades, você sucumbirá ao peso das dívidas.

Não rogue aos Espíritos desencarnados a atribuição que você nega a outrem.

O verdadeiro receber é ainda o muito dar.


* * *

Quando o homem negligencia o campo, esse campo se veste de erva daninha.

Quando a alma se descuida, proliferam os ger- mens da ociosidade facultando a sementeira da preguiça.

Mãos paralizadas são candidatas à inutilidade.

Corpo amolecido pelo repouso é pasto para espírito viciado.

Desperte e viva sacudindo a poeira da inutilidade e participe da febre de trabalho nobre que agita o mundo e surge como tarefas-desafio.

No concerto universal não há lugar para o indolente ou o néscio. . .

Carregue as suas dificuldades e prossiga no e- xercicio sadio dos deveres. Você encontrará o Celeste desafio da existência em todo lugar, estimulando-o à vitória final sobre você mesmo, ainda agora.