Ementário Espírita

CAPÍTULO 55

NA GUERRA



Considere atualmente o Templo Espírita como um Ambulatório de emergência, erguido num campo de batalha, e faça-se enfermeiro diligente, em trabalho infatigável.

Atenda ao grande exército de mutilados que aguardam socorro urgente.

Não pergunte quem são esses amputados, donde vêm e quais os males que carregam, quando baterem à sua porta. São vítimas da guerra chegando da luta em que malograram seus sonhos e ambições, transformados em farrapos humanos.


* * *

Não se surpreenda se nem todos apresentarem as chagas expostas.

Ausculte-lhes os escaninhos da alma com os ouvidos do entendimento e compreenderá. . .

Chegarão diariamente, muitos deles, exibindo força de mentira e medalhas da ilusão, ferindo as suas intenções e desrespeitando o seu carinho.

Compadeça-se também. São alienados da guerra.


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Se o agredirem, desculpe-os. Acreditam-se fortes, embora reconheçam as fraquezas que os dominam.

Se o ultrajarem, desculpe-os ainda. Supõem-se nas batalhas em que procuravam falsos triunfos.

Fique vigilante!

A Terra está em guerra contra o mal.

Acautele-se para que não sucumba na avalanche de lodo e perversidade que ensombra os panoramas da atualidade.

Tenha sempre ao alcance das mãos o bálsamo e o unguento, o socorro e o anestésico, a padiola e o remédio para atendê-los, desesperados como se encontram. Jesus, o Príncipe da Paz, em cujo coração há lugar para repouso apôs as fadigas e hospitalização depois das lutas, oferecerá a você, também oportunamente o oásis alentador, onde morrem todos os anseios negativos nascem as esperanças sublimes da vida verdadeira.