Revista espírita — Jornal de estudos psicológicos — 1862

Capítulo IX

Janeiro - Carta ao Sr. Dr. Morhéry, A propósito da Srta. Godu

Janeiro

Nos últimos tempos têm sido comentados certos fenômenos estranhos operados pela senhorita Godu e que consistiriam notadamente na produção de diamantes e de grãos preciosos por meios não menos estranhos. O Sr. Morhéry escreveu-nos a respeito uma longa carta descritiva e algumas pessoas admiraram-se de que não a tivéssemos comentado. A razão disso é que não aceitamos nenhum fato com entusiasmo. Examinamos as coisas friamente antes de aceitá-las, pois nos ensina a experiência quanto devemos desconfiar de certas ilusões.

Se tivéssemos publicado sem exame todas as maravilhas que nos foram relatadas mais ou menos de boa-fé, nossa revista talvez se tivesse tornado mais divertida, mas devemos conservar-lhe o caráter sério que sempre teve.

Quanto à nova e prodigiosa faculdade que se teria revelado na senhorinha Godu, francamente achamos que a de médium curador era mais preciosa e mais útil à Humanidade, e mesmo à propagação do Espiritismo. Contudo, nada negamos, e aos que pensam que com tal notícia logo teríamos tomado a estrada de ferro para nos certificarmos, responderemos que, se a coisa é verdadeira, não deixará de ser constatada oficialmente. Então será o momento de falar, e não teremos nenhuma reserva em ser o primeiro a proclamá-la.

Eis um resumo da resposta que demos ao Sr. Morhéry:

“...É certo que não publiquei todos os relatórios que me enviastes sobre as curas operadas pela senhorinha Godu, mas disse o bastante para chamar a atenção para ela. Falar constantemente do caso fora dar a impressão de estar a serviço de interesses particulares. Aconselhava a prudência esperar que o futuro confirmasse o passado.

Quanto aos fenômenos que relatais na última carta, são tão estranhos que não me aventurarei a publicá-los senão quando tiver a sua confirmação de maneira irrefutável. Quanto mais anormal um fato, mais circunspecção ele exige. Não vos surpreendereis de que eu use muita, em tais circunstâncias. É este, também, o conselho do Comitê da Sociedade, ao qual submeti a vossa carta. Por unanimidade foi decidido aguardar o desenvolvimento, antes de falar do caso. Até agora tal fato é tão contrário a todas as leis naturais, e mesmo a todas as leis conhecidas do Espiritismo, que o primeiro sentimento que provoca, mesmo entre os espíritas, é de incredulidade. Falar dele antecipadamente e antes de poder apoiar-se em provas autênticas seria excitar inutilmente a veia dos trocistas.”



NOTA: Adiamos para o próximo número a publicação de diversas evocações e dissertações espíritas de subido interesse.

ALLAN KARDEC


Abril DISSERTAÇÕES ESPÍRITAS

Abril

Como vedes, começam a comentar as ideias espíritas até nos cursos de teologia e a Revista Católica, Revue catholique - Google Books, tem a pretensão de demonstrar ex-professo, como dizem, que o Espiritismo atual é obra do demônio, conforme se depreende do artigo Satanismo no Espiritismo moderno, publicado naquela revista. Ah! deixai-os falar e acontecer. O Espiritismo é como o aço, e todas as serpentes possíveis usarão os dentes para o morder. Seja como for, há um fato digno de nota: é que outrora desdenhavam ocupar-se com os que moviam cadeiras e mesas, ao passo que hoje muitos se ocupam com esses inovadores, cujas ideias e teorias se elevaram à altura de uma doutrina. Oh! é que esta doutrina, esta revelação abre brecha em todas as antigas doutrinas, em todas as velhas filosofias, insuficientes para satisfazerem as necessidades da razão humana. Assim, sacerdotes, cientistas, jornalistas, descem à arena empunhando a pena para repelir a ideia nova: o progresso. Ora! que importa! não é uma prova irrefragável da propagação dos nossos ensinamentos? Ah! não se discute, não se combate senão as ideias realmente sérias e bastante partilhadas, que não podem ser tomadas como utopias, como quimeras que emanam de um cérebro doente. Aliás, melhor que ninguém podeis observar com que rapidez o Espiritismo recruta adeptos diariamente, e isto até nas fileiras esclarecidas do Exército, entre oficiais de todas as armas. Não vos inquieteis, pois, com todos esses infelizes que uivam à-toa, porquanto já não sabem onde estão: perderam as estribeiras! Suas certezas, suas probabilidades se desvanecem ante o facho do Espiritismo, porque, no fundo de suas consciências, sentem que apenas nós estamos com a verdade. Digo nós porque hoje, Espíritos ou encarnados, só temos um objetivo: a destruição das ideias materialistas é a regeneração da fé em Deus, a quem tudo devemos.


Erasto.




Abril

Como vedes, começam a comentar as ideias espíritas até nos cursos de teologia e a Revista Católica, Revue catholique - Google Books, tem a pretensão de demonstrar ex-professo, como dizem, que o Espiritismo atual é obra do demônio, conforme se depreende do artigo Satanismo no Espiritismo moderno, publicado naquela revista. Ah! deixai-os falar e acontecer. O Espiritismo é como o aço, e todas as serpentes possíveis usarão os dentes para o morder. Seja como for, há um fato digno de nota: é que outrora desdenhavam ocupar-se com os que moviam cadeiras e mesas, ao passo que hoje muitos se ocupam com esses inovadores, cujas ideias e teorias se elevaram à altura de uma doutrina. Oh! é que esta doutrina, esta revelação abre brecha em todas as antigas doutrinas, em todas as velhas filosofias, insuficientes para satisfazerem as necessidades da razão humana. Assim, sacerdotes, cientistas, jornalistas, descem à arena empunhando a pena para repelir a ideia nova: o progresso. Ora! que importa! não é uma prova irrefragável da propagação dos nossos ensinamentos? Ah! não se discute, não se combate senão as ideias realmente sérias e bastante partilhadas, que não podem ser tomadas como utopias, como quimeras que emanam de um cérebro doente. Aliás, melhor que ninguém podeis observar com que rapidez o Espiritismo recruta adeptos diariamente, e isto até nas fileiras esclarecidas do Exército, entre oficiais de todas as armas. Não vos inquieteis, pois, com todos esses infelizes que uivam à-toa, porquanto já não sabem onde estão: perderam as estribeiras! Suas certezas, suas probabilidades se desvanecem ante o facho do Espiritismo, porque, no fundo de suas consciências, sentem que apenas nós estamos com a verdade. Digo nós porque hoje, Espíritos ou encarnados, só temos um objetivo: a destruição das ideias materialistas é a regeneração da fé em Deus, a quem tudo devemos.


Erasto.




Abril

Como vedes, começam a comentar as ideias espíritas até nos cursos de teologia e a Revista Católica, Revue catholique - Google Books, tem a pretensão de demonstrar ex-professo, como dizem, que o Espiritismo atual é obra do demônio, conforme se depreende do artigo Satanismo no Espiritismo moderno, publicado naquela revista. Ah! deixai-os falar e acontecer. O Espiritismo é como o aço, e todas as serpentes possíveis usarão os dentes para o morder. Seja como for, há um fato digno de nota: é que outrora desdenhavam ocupar-se com os que moviam cadeiras e mesas, ao passo que hoje muitos se ocupam com esses inovadores, cujas ideias e teorias se elevaram à altura de uma doutrina. Oh! é que esta doutrina, esta revelação abre brecha em todas as antigas doutrinas, em todas as velhas filosofias, insuficientes para satisfazerem as necessidades da razão humana. Assim, sacerdotes, cientistas, jornalistas, descem à arena empunhando a pena para repelir a ideia nova: o progresso. Ora! que importa! não é uma prova irrefragável da propagação dos nossos ensinamentos? Ah! não se discute, não se combate senão as ideias realmente sérias e bastante partilhadas, que não podem ser tomadas como utopias, como quimeras que emanam de um cérebro doente. Aliás, melhor que ninguém podeis observar com que rapidez o Espiritismo recruta adeptos diariamente, e isto até nas fileiras esclarecidas do Exército, entre oficiais de todas as armas. Não vos inquieteis, pois, com todos esses infelizes que uivam à-toa, porquanto já não sabem onde estão: perderam as estribeiras! Suas certezas, suas probabilidades se desvanecem ante o facho do Espiritismo, porque, no fundo de suas consciências, sentem que apenas nós estamos com a verdade. Digo nós porque hoje, Espíritos ou encarnados, só temos um objetivo: a destruição das ideias materialistas é a regeneração da fé em Deus, a quem tudo devemos.


Erasto.




Abril

Como vedes, começam a comentar as ideias espíritas até nos cursos de teologia e a Revista Católica, Revue catholique - Google Books, tem a pretensão de demonstrar ex-professo, como dizem, que o Espiritismo atual é obra do demônio, conforme se depreende do artigo Satanismo no Espiritismo moderno, publicado naquela revista. Ah! deixai-os falar e acontecer. O Espiritismo é como o aço, e todas as serpentes possíveis usarão os dentes para o morder. Seja como for, há um fato digno de nota: é que outrora desdenhavam ocupar-se com os que moviam cadeiras e mesas, ao passo que hoje muitos se ocupam com esses inovadores, cujas ideias e teorias se elevaram à altura de uma doutrina. Oh! é que esta doutrina, esta revelação abre brecha em todas as antigas doutrinas, em todas as velhas filosofias, insuficientes para satisfazerem as necessidades da razão humana. Assim, sacerdotes, cientistas, jornalistas, descem à arena empunhando a pena para repelir a ideia nova: o progresso. Ora! que importa! não é uma prova irrefragável da propagação dos nossos ensinamentos? Ah! não se discute, não se combate senão as ideias realmente sérias e bastante partilhadas, que não podem ser tomadas como utopias, como quimeras que emanam de um cérebro doente. Aliás, melhor que ninguém podeis observar com que rapidez o Espiritismo recruta adeptos diariamente, e isto até nas fileiras esclarecidas do Exército, entre oficiais de todas as armas. Não vos inquieteis, pois, com todos esses infelizes que uivam à-toa, porquanto já não sabem onde estão: perderam as estribeiras! Suas certezas, suas probabilidades se desvanecem ante o facho do Espiritismo, porque, no fundo de suas consciências, sentem que apenas nós estamos com a verdade. Digo nós porque hoje, Espíritos ou encarnados, só temos um objetivo: a destruição das ideias materialistas é a regeneração da fé em Deus, a quem tudo devemos.


Erasto.




Setembro DISSERTAÇÕES ESPÍRITAS

Setembro


De certo modo as três comunicações abaixo constituem a iniciação de um jovem médium. Vê-se que prometem para o futuro. Servem de introdução a uma série de ditados que o Espírito se propõe fazer sob o título de Estudos Uranográficos. Deixamos aos leitores a incumbência de lhes apreciarem a forma e o fundo.


I.


Há tempos foi anunciado, aqui e alhures, por vários Espíritos e por diversos médiuns, que vos seriam feitas revelações sobre o sistema dos mundos. Fui chamado a contribuir, na ordem de meu destino, para que se realize tal predição.

Antes de abrir o que poderia chamar os nossos estudos uranográficos, importa firmar bem o primeiro princípio, a fim de que o edifício, sentado em bases sólidas, tenha em si as condições de durabilidade.

Este primeiro princípio, esta primeira causa é o grande e soberano poder que deu a vida aos mundos e aos seres; este preâmbulo a toda meditação séria é Deus! Ante esse nome venerado tudo se inclina e a harpa etérea dos céus faz vibrar as suas cordas de ouro. Filhos da Terra, vós que há tanto tempo balbuciais esse grande nome sem o compreender, quantas teorias audaciosas foram inscritas desde o começo das idades nos anais da filosofia humana! quantas interpretações erradas da consciências universal vieram à luz através das crenças antiquadas dos povos antigos! e ainda hoje, que a era cristã em seu esplendor raiou sobre o mundo, que ideia se faz do primeiro dos seres, do ser por excelência, daquele que é? Não vimos, nos últimos tempos, o panteísmo orgulhoso elevar-se soberbo até aquele que julgou acertado qualificar de ser absorvente, do grande todo, de cujo seio tudo saiu e no qual tudo deve entrar e um dia se confundir, sem distinção de individualidades? Não vimos o ateísmo grosseiro espalhar vergonhosamente o cepticismo, negador e corruptor de todo progresso intelectual, não obstante o que tenham dito os sofistas seus defensores? Seria interminável mencionar escrupulosamente todos os erros que foram aceitos a respeito do princípio primordial e eterno; basta a reflexão para vos mostrar que o homem terreno errará sempre que pretender explicar este problema, insolúvel para muitos Espíritos desencarnados. É vos dizer implicitamente que deveis, ou, melhor, que devemos nos inclinar humildemente ante o Grande Ser; é vos dizer, filhos, que se está em nós nos elevarmos até a ideia do Ser Infinito, isto nos deve bastar e interditar a todos a orgulhosa pretensão de manter os olhos abertos diante do Sol, sem ficarmos logo enceguecidos pelo deslumbrante esplendor de Deus na sua eterna glória! Guardai bem isto, pois é o prelúdio de nossos estudos: Crede em Deus, criador e organizador das esferas; amai a Deus, criador e protetor das almas, e poderemos penetrar juntos humildemente e, ao mesmo tempo, estudiosamente, no santuário onde Ele semeou os dons de seu infinito poder.


Galileu.


II.


Havendo estabelecido o primeiro ponto de nossa tese, a segunda questão que se apresenta é a do poder que conserva os seres e que se convencionou chamar Natureza. Depois da palavra que tudo resume, aquela que representa tudo. Ora, o que vem a ser a natureza? Ouvi antes a definição do naturalista moderno; diz ele: A Natureza é o trono exterior do poder divino. A tal definição juntarei esta, que resume todas as ideias dos observadores: A Natureza é o poder efetivo do Criador. Atentemos para esta dupla explicação do mesmo vocábulo que, por uma maravilhosa combinação de linguagem, representa duas coisas à primeira vista tão diversas. Efetivamente a natureza, tal como entendida no primeiro sentido, representa o efeito, cuja causa é expressa no segundo. Uma paisagem de vastos horizontes, com árvores frondosas, sob as quais sentimos a vida subir na seiva; uma campina esmaltada de flores odoríferas e coroada pelo sol: isto se chama Natureza. E se quisermos designar a força que orienta os astros no espaço e faz germinar na terra o grão de trigo? É ainda a Natureza. Que constatação dessas várias denominações seja para vós uma fonte de profundas reflexões; que sirva para vos ensinar que, se nos servimos da mesma palavra para expressar o efeito e a causa é que, realmente, causa e efeito são uma só. O astro atrai o astro no espaço segundo leis inerentes à constituição do Universo e é atraído com a mesma força que a que nele reside. Eis a causa e o efeito. O raio solar perfuma a flor, e a abelha aí vai buscar o mel; aqui, o perfume é ainda efeito e causa. Seja onde for que na Terra apontais o olhar, podereis constatar esta dupla natureza. Concluamos daí que se a Natureza é, como a denominei, a força efetiva de Deus, ao mesmo tempo é o trono de seu poder; é, simultaneamente, ativa e passiva, efeito e causa, matéria e força imaterial; é a lei que cria, que governa, que embeleza; é o ser e a imagem; é a manifestação do poder criador, infinitamente belo, infinitamente admirável, infinitamente digno da vontade da qual é a mensageira.


Galileu.


III.


Nosso terceiro estudo terá por tema o espaço.

Já muitas definições de espaço foram dadas, sendo a principal esta: o espaço é a extensão que separa dois corpos, na qual certos sofistas deduziram que onde não haja corpos não haverá espaço. Nisto foi que se basearam alguns doutores em teologia para estabelecer que o espaço é necessariamente finito, alegando que certo número de corpos finitos não poderia formar uma série infinita e que, onde acabassem os corpos, igualmente o espaço acabaria.

Também definiram o espaço como sendo o lugar onde se movem os mundos, o vazio onde a matéria atua, etc. Deixemos todas essas definições, que nada definem, nos tratados onde repousam.

Espaço é uma dessas palavras que exprimem uma ideia primitiva e axiomática, de si mesma evidente, e a cujo respeito as diversas definições que se possam dar nada mas fazem do que obscurecê-la. Todos sabemos o que é o espaço e eu apenas quero firmar que ele é infinito, a fim de que os nossos estudos ulteriores não encontrem uma barreira opondo-se às investigações do nosso olhar.

Ora, digo que o espaço é infinito, pela razão de ser impossível se lhe imaginar um limite qualquer, e porque, apesar da dificuldade com que topamos para conceber o infinito, mais fácil nos é avançar eternamente pelo espaço, em pensamento, do que parar num ponto qualquer, depois do qual não mais encontrássemos extensão a percorrer.

Para figurarmos, quanto no-lo permitam as nossas limitadas faculdades, a infinidade do espaço, suponhamos que, partindo da Terra, perdida no meio do infinito, para um ponto qualquer do Universo, com a velocidade prodigiosa da centelha elétrica, que percorre milhares de léguas por segundo, e que, havendo percorrido milhões de léguas mal tenhamos deixado este globo, nos achamos num lugar de onde apenas o divisamos sob o aspecto de pálida estrela. Passado um instante, seguindo sempre a mesma direção, chegamos a essas estrelas longínquas que mal percebeis da vossa estação terrestre. Daí, não só a Terra nos desaparece inteiramente do olhar nas profundezas do céu, como também o próprio Sol, com todo o seu esplendor, se há eclipsado pela vastidão que dele nos separa. Animados sempre da mesma velocidade do relâmpago, a cada passo que avançamos na extensão, transpomos sistemas de mundos, ilhas de luz etérea, estradas estelíferas, paragens suntuosas onde Deus semeou mundos na mesma profusão com que semeou as plantas nas pradarias terrenas.

Ora, há apenas poucos minutos que caminhamos e já centenas de milhões de milhões de léguas nos separam da Terra, bilhões de mundos nos passaram sob as vistas e, entretanto, escutai! em realidade, não avançamos um só passo que seja no Universo.

Se continuarmos durante séculos, milhares de séculos, milhões de períodos cem vezes seculares e sempre com a mesma velocidade do relâmpago, também nem um passo teremos avançado, seja qual for o lado para onde nos dirijamos e qualquer que seja o ponto para onde nos encaminhamos, a partir desse grãozinho invisível donde saímos e a que chamamos Terra.

Eis aí o que é o espaço!

Galileu.





Abril DISSERTAÇÕES ESPÍRITAS

Abril

Como vedes, começam a comentar as ideias espíritas até nos cursos de teologia e a Revista Católica, Revue catholique - Google Books, tem a pretensão de demonstrar ex-professo, como dizem, que o Espiritismo atual é obra do demônio, conforme se depreende do artigo Satanismo no Espiritismo moderno, publicado naquela revista. Ah! deixai-os falar e acontecer. O Espiritismo é como o aço, e todas as serpentes possíveis usarão os dentes para o morder. Seja como for, há um fato digno de nota: é que outrora desdenhavam ocupar-se com os que moviam cadeiras e mesas, ao passo que hoje muitos se ocupam com esses inovadores, cujas ideias e teorias se elevaram à altura de uma doutrina. Oh! é que esta doutrina, esta revelação abre brecha em todas as antigas doutrinas, em todas as velhas filosofias, insuficientes para satisfazerem as necessidades da razão humana. Assim, sacerdotes, cientistas, jornalistas, descem à arena empunhando a pena para repelir a ideia nova: o progresso. Ora! que importa! não é uma prova irrefragável da propagação dos nossos ensinamentos? Ah! não se discute, não se combate senão as ideias realmente sérias e bastante partilhadas, que não podem ser tomadas como utopias, como quimeras que emanam de um cérebro doente. Aliás, melhor que ninguém podeis observar com que rapidez o Espiritismo recruta adeptos diariamente, e isto até nas fileiras esclarecidas do Exército, entre oficiais de todas as armas. Não vos inquieteis, pois, com todos esses infelizes que uivam à-toa, porquanto já não sabem onde estão: perderam as estribeiras! Suas certezas, suas probabilidades se desvanecem ante o facho do Espiritismo, porque, no fundo de suas consciências, sentem que apenas nós estamos com a verdade. Digo nós porque hoje, Espíritos ou encarnados, só temos um objetivo: a destruição das ideias materialistas é a regeneração da fé em Deus, a quem tudo devemos.


Erasto.




Abril

Como vedes, começam a comentar as ideias espíritas até nos cursos de teologia e a Revista Católica, Revue catholique - Google Books, tem a pretensão de demonstrar ex-professo, como dizem, que o Espiritismo atual é obra do demônio, conforme se depreende do artigo Satanismo no Espiritismo moderno, publicado naquela revista. Ah! deixai-os falar e acontecer. O Espiritismo é como o aço, e todas as serpentes possíveis usarão os dentes para o morder. Seja como for, há um fato digno de nota: é que outrora desdenhavam ocupar-se com os que moviam cadeiras e mesas, ao passo que hoje muitos se ocupam com esses inovadores, cujas ideias e teorias se elevaram à altura de uma doutrina. Oh! é que esta doutrina, esta revelação abre brecha em todas as antigas doutrinas, em todas as velhas filosofias, insuficientes para satisfazerem as necessidades da razão humana. Assim, sacerdotes, cientistas, jornalistas, descem à arena empunhando a pena para repelir a ideia nova: o progresso. Ora! que importa! não é uma prova irrefragável da propagação dos nossos ensinamentos? Ah! não se discute, não se combate senão as ideias realmente sérias e bastante partilhadas, que não podem ser tomadas como utopias, como quimeras que emanam de um cérebro doente. Aliás, melhor que ninguém podeis observar com que rapidez o Espiritismo recruta adeptos diariamente, e isto até nas fileiras esclarecidas do Exército, entre oficiais de todas as armas. Não vos inquieteis, pois, com todos esses infelizes que uivam à-toa, porquanto já não sabem onde estão: perderam as estribeiras! Suas certezas, suas probabilidades se desvanecem ante o facho do Espiritismo, porque, no fundo de suas consciências, sentem que apenas nós estamos com a verdade. Digo nós porque hoje, Espíritos ou encarnados, só temos um objetivo: a destruição das ideias materialistas é a regeneração da fé em Deus, a quem tudo devemos.


Erasto.




Abril

Como vedes, começam a comentar as ideias espíritas até nos cursos de teologia e a Revista Católica, Revue catholique - Google Books, tem a pretensão de demonstrar ex-professo, como dizem, que o Espiritismo atual é obra do demônio, conforme se depreende do artigo Satanismo no Espiritismo moderno, publicado naquela revista. Ah! deixai-os falar e acontecer. O Espiritismo é como o aço, e todas as serpentes possíveis usarão os dentes para o morder. Seja como for, há um fato digno de nota: é que outrora desdenhavam ocupar-se com os que moviam cadeiras e mesas, ao passo que hoje muitos se ocupam com esses inovadores, cujas ideias e teorias se elevaram à altura de uma doutrina. Oh! é que esta doutrina, esta revelação abre brecha em todas as antigas doutrinas, em todas as velhas filosofias, insuficientes para satisfazerem as necessidades da razão humana. Assim, sacerdotes, cientistas, jornalistas, descem à arena empunhando a pena para repelir a ideia nova: o progresso. Ora! que importa! não é uma prova irrefragável da propagação dos nossos ensinamentos? Ah! não se discute, não se combate senão as ideias realmente sérias e bastante partilhadas, que não podem ser tomadas como utopias, como quimeras que emanam de um cérebro doente. Aliás, melhor que ninguém podeis observar com que rapidez o Espiritismo recruta adeptos diariamente, e isto até nas fileiras esclarecidas do Exército, entre oficiais de todas as armas. Não vos inquieteis, pois, com todos esses infelizes que uivam à-toa, porquanto já não sabem onde estão: perderam as estribeiras! Suas certezas, suas probabilidades se desvanecem ante o facho do Espiritismo, porque, no fundo de suas consciências, sentem que apenas nós estamos com a verdade. Digo nós porque hoje, Espíritos ou encarnados, só temos um objetivo: a destruição das ideias materialistas é a regeneração da fé em Deus, a quem tudo devemos.


Erasto.




Abril

Como vedes, começam a comentar as ideias espíritas até nos cursos de teologia e a Revista Católica, Revue catholique - Google Books, tem a pretensão de demonstrar ex-professo, como dizem, que o Espiritismo atual é obra do demônio, conforme se depreende do artigo Satanismo no Espiritismo moderno, publicado naquela revista. Ah! deixai-os falar e acontecer. O Espiritismo é como o aço, e todas as serpentes possíveis usarão os dentes para o morder. Seja como for, há um fato digno de nota: é que outrora desdenhavam ocupar-se com os que moviam cadeiras e mesas, ao passo que hoje muitos se ocupam com esses inovadores, cujas ideias e teorias se elevaram à altura de uma doutrina. Oh! é que esta doutrina, esta revelação abre brecha em todas as antigas doutrinas, em todas as velhas filosofias, insuficientes para satisfazerem as necessidades da razão humana. Assim, sacerdotes, cientistas, jornalistas, descem à arena empunhando a pena para repelir a ideia nova: o progresso. Ora! que importa! não é uma prova irrefragável da propagação dos nossos ensinamentos? Ah! não se discute, não se combate senão as ideias realmente sérias e bastante partilhadas, que não podem ser tomadas como utopias, como quimeras que emanam de um cérebro doente. Aliás, melhor que ninguém podeis observar com que rapidez o Espiritismo recruta adeptos diariamente, e isto até nas fileiras esclarecidas do Exército, entre oficiais de todas as armas. Não vos inquieteis, pois, com todos esses infelizes que uivam à-toa, porquanto já não sabem onde estão: perderam as estribeiras! Suas certezas, suas probabilidades se desvanecem ante o facho do Espiritismo, porque, no fundo de suas consciências, sentem que apenas nós estamos com a verdade. Digo nós porque hoje, Espíritos ou encarnados, só temos um objetivo: a destruição das ideias materialistas é a regeneração da fé em Deus, a quem tudo devemos.


Erasto.




Abril

Como vedes, começam a comentar as ideias espíritas até nos cursos de teologia e a Revista Católica, Revue catholique - Google Books, tem a pretensão de demonstrar ex-professo, como dizem, que o Espiritismo atual é obra do demônio, conforme se depreende do artigo Satanismo no Espiritismo moderno, publicado naquela revista. Ah! deixai-os falar e acontecer. O Espiritismo é como o aço, e todas as serpentes possíveis usarão os dentes para o morder. Seja como for, há um fato digno de nota: é que outrora desdenhavam ocupar-se com os que moviam cadeiras e mesas, ao passo que hoje muitos se ocupam com esses inovadores, cujas ideias e teorias se elevaram à altura de uma doutrina. Oh! é que esta doutrina, esta revelação abre brecha em todas as antigas doutrinas, em todas as velhas filosofias, insuficientes para satisfazerem as necessidades da razão humana. Assim, sacerdotes, cientistas, jornalistas, descem à arena empunhando a pena para repelir a ideia nova: o progresso. Ora! que importa! não é uma prova irrefragável da propagação dos nossos ensinamentos? Ah! não se discute, não se combate senão as ideias realmente sérias e bastante partilhadas, que não podem ser tomadas como utopias, como quimeras que emanam de um cérebro doente. Aliás, melhor que ninguém podeis observar com que rapidez o Espiritismo recruta adeptos diariamente, e isto até nas fileiras esclarecidas do Exército, entre oficiais de todas as armas. Não vos inquieteis, pois, com todos esses infelizes que uivam à-toa, porquanto já não sabem onde estão: perderam as estribeiras! Suas certezas, suas probabilidades se desvanecem ante o facho do Espiritismo, porque, no fundo de suas consciências, sentem que apenas nós estamos com a verdade. Digo nós porque hoje, Espíritos ou encarnados, só temos um objetivo: a destruição das ideias materialistas é a regeneração da fé em Deus, a quem tudo devemos.


Erasto.




Abril

Como vedes, começam a comentar as ideias espíritas até nos cursos de teologia e a Revista Católica, Revue catholique - Google Books, tem a pretensão de demonstrar ex-professo, como dizem, que o Espiritismo atual é obra do demônio, conforme se depreende do artigo Satanismo no Espiritismo moderno, publicado naquela revista. Ah! deixai-os falar e acontecer. O Espiritismo é como o aço, e todas as serpentes possíveis usarão os dentes para o morder. Seja como for, há um fato digno de nota: é que outrora desdenhavam ocupar-se com os que moviam cadeiras e mesas, ao passo que hoje muitos se ocupam com esses inovadores, cujas ideias e teorias se elevaram à altura de uma doutrina. Oh! é que esta doutrina, esta revelação abre brecha em todas as antigas doutrinas, em todas as velhas filosofias, insuficientes para satisfazerem as necessidades da razão humana. Assim, sacerdotes, cientistas, jornalistas, descem à arena empunhando a pena para repelir a ideia nova: o progresso. Ora! que importa! não é uma prova irrefragável da propagação dos nossos ensinamentos? Ah! não se discute, não se combate senão as ideias realmente sérias e bastante partilhadas, que não podem ser tomadas como utopias, como quimeras que emanam de um cérebro doente. Aliás, melhor que ninguém podeis observar com que rapidez o Espiritismo recruta adeptos diariamente, e isto até nas fileiras esclarecidas do Exército, entre oficiais de todas as armas. Não vos inquieteis, pois, com todos esses infelizes que uivam à-toa, porquanto já não sabem onde estão: perderam as estribeiras! Suas certezas, suas probabilidades se desvanecem ante o facho do Espiritismo, porque, no fundo de suas consciências, sentem que apenas nós estamos com a verdade. Digo nós porque hoje, Espíritos ou encarnados, só temos um objetivo: a destruição das ideias materialistas é a regeneração da fé em Deus, a quem tudo devemos.


Erasto.




Maio DISSERTAÇÕES ESPÍRITAS

Maio

Um Espírito viu-se forçado a deixar a Terra, que não pudera visitar, porque procedia de uma região muito inferior; mas tinha pedido para sofrer uma prova e Deus não lha recusara. Infelizmente, a esperança que acalentava ao entrar no mundo terrestre não se tinha realizado e, havendo triunfado sua natureza bruta, cada um dos seus dias foi marcado pelos mais hediondos crimes. Durante muito tempo, todos os Espíritos guardiães dos homens haviam tentado desviá-lo do atalho que seguia, mas, extenuados, haviam abandonado o infeliz a si mesmo, quase temerosos de seu contato. Entretanto, tudo tem um fim; mais cedo ou mais tarde se descobre o crime e a justiça repressiva dos homens impõe ao culpado a pena de talião. Desta vez não foi cabeça por cabeça: foi cabeça por cem; e ontem esse Espírito, depois de ter ficado meio século na Terra, ia retornar ao espaço para ser julgado pelo Juiz Supremo, que pesa as faltas muito mais inexoravelmente do que o faríeis vós mesmos.

Em vão os Espíritos guardiães tinham voltado com a condenação e tentado introduzir o arrependimento nessa alma rebelde; em vão tinham impelido para junto dele toda a família: cada um desejaria arrancar-lhe um suspiro de pesar ou, pelo menos, um sinal; aproximava-se o momento fatal e nada abrandava essa natureza inflexível e, por assim dizer, bestial. No entanto, um único pesar, antes de deixar a vida, poderia ter suavizado o sofrimento do infeliz, condenado pelos homens a perder a vida, e por Deus a incessantes remorsos, horrível tortura, semelhante ao abutre a roer o coração que renasce sem cessar.

Enquanto os Espíritos trabalhavam sem descanso para nele fazer brotar ao menos o pensamento do arrependimento, um outro Espírito, Espírito encantador, dotado de uma sensibilidade e de uma ternura sublimes, adejava em redor de uma cabeça muito querida, cabeça ainda viva, e lhe dizia: “Pensa nesse infeliz que vai morrer; fala-me dele.” Quando a caridade é simpática, quando dois Espíritos se entendem e não fazem mais que um, o pensamento como que é elétrico. Logo o Espírito encarnado disse a esse mensageiro do amor: “Meu filho, esforça-te por inspirar um pouco de remorso a esse miserável que vai morrer; vai, consola-o!” E assim pensando, compreendendo tudo que o desventurado criminoso ia ter de suportar em sofrimentos para sua expiação, uma lágrima furtiva escapou dos olhos daquele que sozinho, nessa hora matinal, despertava pensando naquele ser impuro, que dentro de instantes deveria prestar contas. O afável mensageiro recolheu essa lágrima benfazeja na concha de sua delicada mão e, em voo rápido, a levou ao tabernáculo que encerra tais relíquias e assim fez a sua prece: “Senhor, um ímpio vai morrer; vós o condenastes, mas dissestes: “Eu perdoo ao remorso e concedo a indulgência ao arrependimento.” Eis uma lágrima de verdadeira caridade, que atravessou do coração aos olhos do ser que mais amo no mundo. Eu vos trago esta lágrima: é o resgate do sofrimento; dai-me o poder de enternecer o coração de rocha do Espírito que vai expiar seus crimes. – Vai, respondeu-lhe o Mestre; vai, meu filho, esta lágrima bendita pode pagar muitos resgates.”

A doce criança partiu; chegou junto do criminoso no momento do suplício; o que ela lhe disse só Deus o sabe; o que se passou naquele ser transviado ninguém compreendeu, mas, abrindo os olhos à luz, viu desdobrar-se à sua frente todo um passado terrível. Ele, que o instrumento fatal não tinha abalado; ele, que a condenação à morte tinha feito sorrir, levantou os olhos e uma grossa lágrima, ardente como o chumbo fundido, resvalou de seus olhos. A essa prova muda, a testemunhar-lhe que sua prece tinha sido ouvida, o anjo da caridade estendeu sobre o infeliz suas brancas asas, recolheu aquela lágrima e parecia dizer: “Infortunado! sofrerás menos; eu levo a tua redenção.”

Que contraste pode inspirar a caridade do Criador! O mais impuro dos seres, nos últimos degraus da escada e o anjo mais casto que, prestes a entrar no mundo dos eleitos, a um sinal vem estender sua proteção visível sobre esse pária da sociedade! Do alto de seu poderoso tribunal Deus abençoava essa cena comovedora e nós todos dizíamos, rodeando essa criança: “Vai receber a tua recompensa.” A doce mensageira subiu aos céus, lágrima escaldante nas mãos e pôde dizer: “Mestre, ele chorou; eis a prova!” — Está bem; respondeu o Senhor; conservai essa primeira gota de orvalho do coração endurecido; que essa lágrima fecunda vá regar esse Espírito ressequido pelo mal; mas guardai sobretudo a primeira lágrima que esta criança me trouxe; que essa gota d'água se torne diamante puro, pois é mesmo a pérola sem mácula da verdadeira caridade. Narrai este exemplo aos povos e dizei-lhes: “Solidários uns com os outros, vede: uma lágrima de amor da Humanidade e uma lágrima de remorso obtida pela prece; essas duas lágrimas serão as pedras mais preciosas do vasto escrínio da caridade.”

Cárita.




Novembro DISSERTAÇÕES ESPÍRITAS

Novembro

Nota. – Esta comunicação foi obtida numa sessão particular, presidida pelo Sr. Allan Kardec.


Eis que vos reunis para ver o Espiritismo em sua fonte, a fim de olhar de frente esta ideia e de apreciar as grandes ondas do amor que ela prodigaliza aos que a conhecem.

O Espiritismo é o progresso moral; é a elevação do Espírito na estrada que conduz a Deus. O progresso é a fraternidade em seu nascedouro, porque a fraternidade completa, tal qual pode o Espírito imaginá-la, é a perfeição. A fraternidade pura é um perfume do alto, uma emanação do infinito, um átomo da inteligência celeste; é a base de todas as instituições morais e o único meio de elevar um estado social que possa subsistir e produzir efeitos dignos da grande causa pela qual combateis.

Sede, pois, irmãos, se quiserdes que o germe lançado entre vós se desenvolva e se torne a árvore que buscais. A união é a força soberana que baixa à Terra; a fraternidade é a simpatia na união; é a poesia, o encanto, o ideal no positivo.

Precisais ser unidos para serdes fortes e ser fortes para fundar uma instituição que repouse unicamente na verdade, tornada tão comovente e tão admirável, tão simples e tão sublime. Divididas, as forças se aniquilam; reunidas, são cada vez mais fortes.

Se considerarmos o progresso moral de cada criatura, se refletirmos no amor e na caridade que brota de cada coração, a diferença será muito maior. Sob o sublime influxo desse sopro inefável, os laços de família se apertam, mas os laços sociais, tão vagamente definidos, se esboçam, se aproximam e acabam formando um único feixe de todos esses pensamentos, de todos esses desejos, de todos esses objetivos de natureza diversa.

O que é que vedes sem a fraternidade? O egoísmo, a ambição. Cada um tem o seu objetivo e por seu lado cada um o persegue; cada um marcha a seu modo e todos são fatalmente arrastados para o abismo em que se evaporam, há séculos, todos os esforços humanos. Com a união apenas há um objetivo, porquanto há um só pensamento, um só desejo, um só coração. Uni-vos, pois, meus amigos: é o que incessantemente vos repete a voz de nosso mundo. Uni-vos e chegareis muito mais depressa ao vosso objetivo.

É principalmente nessa reunião tão simpática que deveis tomar a resolução irrevogável de serdes unidos pelo pensamento comum a todos os Espíritos da Terra, para oferecerdes o preito do vosso reconhecimento àquele que vos abriu o caminho do bem supremo, que trouxe, a felicidade às vossas cabeças e aos vossos corações, e a fé em vossos Espíritos. Vosso reconhecimento é a recompensa atual; não a recuseis e, oferecendo-a de um só fôlego, dareis o primeiro exemplo da verdadeira fraternidade.


Léon de Muriane,


Observação. – Este nome é completamente desconhecido, até do médium. Isto prova que para ser um Espírito elevado não há necessidade de ter o nome inscrito no calendário ou nos fastos da História e que, entre os que se comunicam, muitos há cujos nomes são desconhecidos.



Março ENSINOS E DISSERTAÇÕES ESPÍRITAS

Março

Todos, enfim, virão trabalhar na vinha. Já os vejo; chegam, numerosos; ei-los que acorrem. Vamos, à obra, filhos! Quer Deus que todos vós trabalheis.

Semeai, semeai, e um dia colhereis com abundância. Vede no Oriente esse belo Sol; como se ergue radioso e deslumbrante! Vem vos aquecer e fazer crescer os frutos da videira. Vamos, filhos! as vindimas serão esplêndidas e cada um de vós virá beber a taça do vinho sagrado da regeneração. É o vinho do Senhor, que será derramado no banquete da fraternidade universal! Aí todas as nações serão reunidas numa só e mesma família e cantarão louvores a um mesmo Deus. Armai-vos, pois, do arado e do machado, se quiserdes viver eternamente; amarrai as cepas, para que não caiam e se mantenham erguidas, e suas ramas subirão ao céu. Algumas terão cem côvados e os Espíritos dos mundos etéreos virão espremer os bagos e se refrescar; o suco será de tal modo poderoso que dará força e coragem aos fracos. Será o leite nutritivo das crianças.

Eis a vindima que se vai fazer; ela já se faz; preparam-se os vasos que devem conter o licor sagrado; aproximai os lábios, vós que quereis provar, porquanto esse licor vos inebriará de um êxtase celeste, e vereis Deus em vossos sonhos, enquanto esperais que a realidade suceda ao sonho.

Filhos! essa vinha esplêndida que deve erguer-se para Deus é o Espiritismo. Adeptos fervorosos: é preciso mostrá-la poderosa e forte; e vós, crianças, é necessário que ajudeis os fortes a mantê-la e a propagá-la. Cortai os brotos e plantai-os em outro campo; eles produzirão novas vinhas e outros brotos em todos os países do mundo.

Sim, eu vo-lo digo: enfim, todo o mundo beberá do suco da videira, e o bebereis no reino do Cristo, com o Pai celeste! Sede, pois, saudáveis e dispostos e não leveis uma vida austera. Deus não vos pede que vivais em austeridade e privações; não pede que vos cubrais com o cilício: quer apenas que vivais conforme a caridade e o coração. Ele não quer mortificações que destroem o corpo; quer que cada um se aqueça ao seu sol e, se fez raios mais frios que outros, foi para dar a compreender a todos quanto é forte e poderoso. Não; não vos cubrais com cilício; não fustigueis vossa carne aos golpes da disciplina. Para trabalhar na vinha é preciso ser robusto e poderoso; o homem deve ter o vigor que Deus lhe deu. Ele não criou a Humanidade para a transformar em raça bastarda e macilenta; ele a fez como manifesto de sua glória e de seu poder.

Vós que quereis viver a verdadeira vida, estais nos caminhos do Senhor quando tiverdes dado o pão aos infelizes, o óbolo aos sofredores e a vossa prece a Deus. Então, quando a morte vos fechar as pálpebras, o anjo do Senhor proclamará os vossos benefícios e vossa alma, transportada nas brancas asas da caridade, subirá para Deus tão bela e tão pura quanto um lírio a desabrochar pela manhã sob um sol primaveril.

Orai, amai e fazei a caridade, meus irmãos. A vinha é grande, o campo do Senhor é grande. Vinde, vinde: Deus e o Cristo vos chamam e eu vos abençoo.


Santo Agostinho.




Abril DISSERTAÇÕES ESPÍRITAS

Abril

Como vedes, começam a comentar as ideias espíritas até nos cursos de teologia e a Revista Católica, Revue catholique - Google Books, tem a pretensão de demonstrar ex-professo, como dizem, que o Espiritismo atual é obra do demônio, conforme se depreende do artigo Satanismo no Espiritismo moderno, publicado naquela revista. Ah! deixai-os falar e acontecer. O Espiritismo é como o aço, e todas as serpentes possíveis usarão os dentes para o morder. Seja como for, há um fato digno de nota: é que outrora desdenhavam ocupar-se com os que moviam cadeiras e mesas, ao passo que hoje muitos se ocupam com esses inovadores, cujas ideias e teorias se elevaram à altura de uma doutrina. Oh! é que esta doutrina, esta revelação abre brecha em todas as antigas doutrinas, em todas as velhas filosofias, insuficientes para satisfazerem as necessidades da razão humana. Assim, sacerdotes, cientistas, jornalistas, descem à arena empunhando a pena para repelir a ideia nova: o progresso. Ora! que importa! não é uma prova irrefragável da propagação dos nossos ensinamentos? Ah! não se discute, não se combate senão as ideias realmente sérias e bastante partilhadas, que não podem ser tomadas como utopias, como quimeras que emanam de um cérebro doente. Aliás, melhor que ninguém podeis observar com que rapidez o Espiritismo recruta adeptos diariamente, e isto até nas fileiras esclarecidas do Exército, entre oficiais de todas as armas. Não vos inquieteis, pois, com todos esses infelizes que uivam à-toa, porquanto já não sabem onde estão: perderam as estribeiras! Suas certezas, suas probabilidades se desvanecem ante o facho do Espiritismo, porque, no fundo de suas consciências, sentem que apenas nós estamos com a verdade. Digo nós porque hoje, Espíritos ou encarnados, só temos um objetivo: a destruição das ideias materialistas é a regeneração da fé em Deus, a quem tudo devemos.


Erasto.