Revista espírita — Jornal de estudos psicológicos — 1866

Capítulo XXXI

Abril - Notícias bibliográficas

Abril

Notícias bibliográficas

Sou ESPÍRITA? Por Sylvain Alquié, de Toulouse; broc. in 12, pr. 50 c. Toulouse, chez Caillol et Baylac, 34, rue de la Pomme.

O autor, novo adepto, só conhecia o Espiritismo pelas diatribes dos jornais a propósito dos irmãos Davenport, quando o primeiro artigo publicado por La Discusssion (Revista de fevereiro de 1866), lhe tendo caído às mãos, a o café, fê-lo ver sob outra luz e o levou a estudar. São essas impressões que descreve em sua brochura; passa em revista os raciocínios que o levaram à crença, a cada um dos quais pergunta: Sou espírita? Sua conclusão é resumida no último capítulo por estas simples palavras: eu sou Espírita. A brochura, escrita com elegância, clareza e convicção, é uma profissão de fé sabiamente raciocinada; merece as simpatias de todos os adeptos sinceros, aos quais consideramos um dever a recomendar, lamentando que por falta de espaço estejamos impedidos de justificar a nossa apreciação por algumas citações.


CARTA AOS Srs. DIRETORES E REDATORES DOS JORNAIS ANTIESPÍRITAS, por A. Grelez, oficial de administração aposentado. Broch. in 8.0; pr. 50 c. Paris, Bordeaux.

Esta carta, ou melhor, estas cartas datadas de Sétif, Argélia, foram publicadas pela Union Spirite Bordelaise, em seus números 34, 35 e 36. É uma exposição clara e sucinta dos princípios da doutrina, em resposta às diatribes de certos jornalistas, cujas falsas e injustas apreciações o autor releva com conveniência, Ele não se gaba de os converter, certamente, mas essas refutações, multiplicadas nas brochuras baratas, têm a vantagem de esclarecer as massas sobre o verdadeiro caráter do Espiritismo, e de mostrar que por toda a parte ele encontra defensores sérios, que não necessitam senão do raciocínio para combater os seus adversários. Devemos, pois, agradecimentos ao Sr. Grelez e felicitações a Union Spirite Bordelaise por haver tomado a iniciativa desta publicação.

FILOSOFIA ESPÍRITA extraída do divino Livro dos Espíritos, por Allan Kardec, por Augustin Babin, de Cognac, l vol. in 12, de 200 pg.; pr. l fr.

O GULA DA FELICIDADE, ou Deveres gerais do homem por amor a Deus; pelo mesmo. Broch. in 12, de 100 pg. pr. boc.

NOÇÕES DE ASTRONOMIA científica, psicológica e moral, pelo mesmo. Broch. in 12 de 100 pg. pr. 75 c. Angaulême, Nadaud et Cie.

Faremos notar que o epíteto de divino é dado ao Livro dos Espíritos, pelo autor e não por nós. Caracteriza a maneira pela qual ele encara a questão. O Sr. Babin é um Espírita de velha data, que leva a doutrina a sério, ao ponto de vista moral. Estas três obras são fruto de uma convicção profunda, inalterável e ao abrigo de toda flutuação. Não é um entusiasta, mas um homem que colheu no Espiritismo tantas forças, consolações e felicidade, que considera como um dever ajudar a propagar uma crença que lhe é cara. Seu zelo é tanto mais meritório quanto totalmente desinteressado. Declara pôr os seus livros ao domínio público, com a condição de ai nada mudar nem aumentar o preço. Ele teve a bondade de pôr uma centena de exemplares à nossa disposição, para distribuição gratuita, pelo que lhe rogamos aceitar aqui os nossos agradecimentos muito sinceros.