A literatura contemporânea, periódica ou não, impregna-se diariamente de ideias espíritas. Tanto é verdade, como dissemos há muito tempo, que essas ideias são uma mina fecunda para os trabalhos de imaginação, rica em quadros poéticos e em situações empolgantes. Assim, os escritores aí já colhem a mancheias. As doutrinas materialistas lhe oferecem um campo muito limitado, muito prosaico. O que daí se pode tirar, de natureza a tocar o coração e a elevar o pensamento? Que poesia oferece a perspectiva do nada, da destruição eterna de si mesmo e daqueles a quem estimamos? O materialista sente a necessidade de falar à alma de seus leitores, se não as quiser gelar; de emprestar uma alma a um de seus personagens, se quiser que se interessem por ele. Em todos os tempos, os poetas e os literatos tomaram das ideias espiritualistas suas mais belas imagens e suas mais comovedoras situações. Mas o Espiritismo, hoje, definindo as crenças no futuro, dá um corpo aos pensamentos e uma intensidade que eles não tinham; abre um novo campo que começa a ser explorado. Disto já temos citado numerosos exemplos, e continuaremos a fazê-lo de vez em quando, porque é um sinal característico da reação que se opera nas ideias.
Além das obras literárias propriamente ditas, também a imprensa registra diariamente, fatos que entram no quadro do Espiritismo.