Se queres a paz para o teu coração, começa por acalmar o ambiente em que respiras.
Se almejas a felicidade, toma o lugar no comboio do bem, viajando ao encontro do próximo, deixando com ele uma fatia de tua alma.
Se buscas o convívio com a alegria pura, não olvides que ela começa no sorriso de fraternidade que espalhas.
Ao afagares a cabeça de teu filho, pensa naquelas outras crianças que vagueiam sem rumo na floresta da vida.
Se a estrela ilumina o quarto escuro da noite, a flor plantada no chão é um poema de imortal beleza a falar-te de Deus.
O egoísmo resseca o espírito, tornando estéril a vida.
A caridade é como a chuva que abençoa o deserto mais árido.
Mais fascinante que ir à lua é viajar de encontro às necessidades do vizinho, para ser mais útil.
Para viver no plano espiritual, com relativa felicidade, será preciso ter sabido viver na terra o exercício do bem permanente.
Não é preciso ser poliglota para abençoar alguém em penúria de espírito, como não é preciso ser botânico para admirar uma rosa. Por isso, asseverou Allan Kardec, com propriedade: "Fora da caridade não há salvação".