Quando o caudal do pranto te aflorar ao portal tristonho dos olhos, não permitas que o desespero crie nuvens de amargura a sufocar-te o espírito.
Quando a saudade te fizer chorar a torturante dor de uma longa espera, faze mais silêncio no teu mundo interior e eleva-te, através da prece, à misericórdia divina e o Senhor balsamizar-te-á o coração ferido.
Jamais consintas que tuas lágrimas se originem das nascentes escuras do desespero e do inconformismo. Certamente que, nas horas de dor e martírio moral, não estarás proibido de vertê-las, aliviando, assim, a sobrecarga emocional do próprio coração.
Que as tuas lágrimas sejam o orvalho bendito a fecundar-te o solo da alma, fazendo nascer as mais belas e coloridas flores da esperança.
Por mais densa te pareça a noite da provação, arrima-te à fé, e se as lágrimas teimarem em correr pelo teu rosto, que sejam lágrimas de resignação, na confiança inquebrantável de que Deus pode estancá-las, ainda agora, se souberes esperar, servindo um tanto mais.