Não lamente o filho que a morte arrebatou do convívio amoroso. Se ele houvesse vivido por mais tempo, quem poderia prever os acontecimentos funestos a que ele se entregaria?
Perdoa de coração o esposo leviano que abandonou o lar em demanda de aventuras; certamente necessitará ele de mais fortes lições no capítulo da dor, para ampliar o discernimento e cercá-la, logo após, do mais puro amor.
Tenha paciência com aquela atitude paterna que ainda não pode compreender as suas aspirações de filho, recordando que ele assim procede em obediência aos princípios que lhe forjaram o berço. Amanhã, com a perseverança da prece, você o terá como amigo fiel do seu mais alto ideal.
Não recrimine o noivado desfeito. Ore e espere. Há determinados cortes em nossa vida sentimental que são verdadeiras bênçãos disfarçadas em castigo.
Suporte por mais um pouco o patrão atrabiliário, tendo por máximo advogado de sua causa a conduta elevada no trabalho reto e ele lhe será amanhã benfeitor inestimável.
Mantenha a resignação perante a doença do corpo, compreendendo a finalidade maior de sua própria iluminação espiritual.
Aceite com carinho a visita da pobreza, lembrando que o espírito mais evoluído, que por aqui passou, nasceu numa estrebaria. E trabalhando, orando e confiando, você chegará amanhã ao porto de luz da eternidade.