Não, D. Maria, eu não consultei a família espírita do Brasil se poderia escolhê-la para nossa "Mãe do Ano", mas creio que se o fizesse todos aplaudiriam a ideia com sublime encantamento.
Certamente não vou biografá-la, primeiro porque não tenho recursos literários para fazê-lo, segundo porque um batráquio não pode dissertar sobre uma estrela.
Sei que minha gratidão pela senhora é infinita, e mais aumenta quando penso no seu berço pobre, na sua vida honrada e na sua têmpera de heroína que, nas cruentas batalhas da vida, sempre soube manter inabalável fé na Providência Divina.
Sua numerosa prole era o seu maior tesouro neste mundo, suas lágrimas ocultas, suas desconhecidas aflições, seus anseios de mãe eram só testemunhados por Deus.
Hoje sabemo-la como mensageira do Senhor e servidora incansável entre as esferas superiores.
Não conheci todos os seus filhos, mas bastou-me conhecer nosso querido Chico para imortalizá-la em minha memória.
Sei que o presente mais importante para o seu coração é nos tornarmos mais fiéis ao Cristo de Deus, entregando-nos sem reservas à prática da caridade.
Sei que a senhora se encontra assistindo a todos os infortunados ocultos.