ESCALADA DE LUZ

CAPÍTULO 8

Fidelidade



Nenhum coração pode ser feliz, fugindo conscientemente do dever a cumprir.

Se te encontras na experiência do casamento, mantém-te fiel à tua companheira ou ao teu companheiro, para que o lar não venha a sofrer a tempestade do divórcio, acarretando o naufrágio da família.

Se te vês com tarefa na mediunidade, sê fiel a este divino legado, para que não mergulhes no torvelinho da obsessão.

Se a vida te colocou no trono do poder temporal, não te desmandes no perigo da arbitrariedade, para que não venhas a sorver o amargo cálice que impuseste aos outros.

Se estás à frente da instituição espírita que tanto te beneficia o espírito imortal, revela-te fiel servidor dessa casa do Cristo, para que não te vejas mais tarde a braços com complicados sofrimentos no Umbral.

Se trazes a missão de falar ou escrever, tem cuidado para que teu verbo ou tua pena não se transformem em brasa que requeima ou estilete que fere.

Se a tua tarefa é a de educar, recorda que o exemplo é a mais perfeita lição da vida.

As vezes, encontramos aqueles que se intimidam ante a responsabilidade que a Doutrina Espírita descortina pelo conhecimento de causa e efeito, de cuja lei ninguém logra escapar, e fogem espavoridos desta ou daquela responsabilidade, como se a vida, em qualquer parte, não os marcasse com a justiça.

Seja qual for a tua tarefa, na paternidade ou na maternidade; na cátedra de ensino ou no cultivo da gleba; no amparo à criança ou no socorro à velhice, cumpre o teu dever com tanta perfeição quanto te seja possível e pensa contigo: o que seria do futuro do Evangelho se Jesus houvesse recuado diante do testemunho?