O homem moderno vive massificado por expressiva soma de informações que não consegue digerir emocionalmente.
Têm preferência as notícias que o agridem, atingindo-lhe o sentimento e perturbando-lhe a razão, graças à violência em alucinação e ao sexo em desgoverno, exibindo os mitos do prazer e do triunfo; como se a criatura fosse apenas um ser fisiológico, dirigido pela sensação.
Esmaecem a cultura e a ética no universo da atualidade comportamental, enquanto o despautério propõe modelos psicológicos alienados que passam a conduzir a mole que os alimenta e os atende com paixão.
As filosofias imediatistas surgem pela madrugada e desaparecem ao entardecer das emoções, deixando-os vazios perturbadores na mente e no sentimento dos seus aficionados.
As doutrinas religiosas, esquecidas do homem e preocupadas com os grupos, associam Dionísio e Paulo, Cristo e Baco, realizando banquetes em favor dos seus deuses, enquanto os atiram às masmorras dos vícios e das degradações.
As conquistas científicas beneficiam as elites, enquanto o indivíduo, esquecido, encharca-se de rebeldia, contaminado pela desesperação que campeia.
Há também, inegavelmente, homens que são extraordinários exemplos de amor e de abnegação, como Instituições de beneficência e dignificação humana, de solidariedade e de progresso, quais florações de bênçãos nas terras áridas dos sentimentos individuais e coletivos.
Assim considerando, saudamos, neste pequeno livro, o esforço conjugado de dois obreiros do Cristo, interessados em esclarecer os companheiros da marcha evolutiva, em torno da vida e da sua finalidade, dos fenômenos existenciais e da morte física, da paranormalidade e da sobrevivência do Espírito, da obsessão e do serviço ao bem, nos encontros fraternos de estudos espíritas, nos quais foram sabatinados pelo desejo honesto e saudável, por parte dos seus interrogadores, ansiosos por aprenderem mais.
Não são conceitos novos, nem trazem nada de original, porquanto a Doutrina Espírita os explicita com admirável claridade, mas constituem uma contribuição louvável e prática para quem deseja uma vida pautada nas diretrizes da sadia moral e do bom tom.
Esperamos que estas páginas logrem oferecer segurança comportamental e discernimento mental a todos aqueles que, desconhecendo os temas abordados ou tendo deles uma informação apenas superficial, resolvam-se por meditá-los, incorporando-os ao seu cotidiano.
Exorando ao Senhor que a todos nos abençoe, formulamos votos de paz e plenitude para os nossos caros leitores.
Joanna de Ângelis Página psicografada pelo médium Divaldo P. Franco, em 30/8/1989, na sessão mediúnica do Centro Espírita "Caminho da Redenção", em Salvador-Bahia. SEGURA DIRETRIZ Meditando sobre as páginas fulgurantes da Boa Nova, identificaremos o questionamento, a pergunta, como elemento de capital importância, no relacionamento do Divino Amigo com os diversos indivíduos que O rodeavam, nos instantes mais variados dos caminhos. "Senhor, que farei para conseguir a vida eterna?"’, perguntou-Lhe o intérprete da lei, desejando obter a preciosa orientação. "Por que dizem os escribas ser necessário que Elias venha primeiro?" 2, indagaram os Discípulos, que com Ele desciam do Tabor, após expressiva demonstração da imortalidade gloriosa. "Que tenho eu contigo, Jesus, Filho do Deus Altíssimo?" 3, interrogou Legião, identificando a autoridade do Bem sobre a ilusão maléfica e perturbadora.
Essas e muitas outras questões foram respondidas pelo Mestre, buscando atender cada qual, de acordo com a necessidade e o entendimento dos questionadores.
Entretanto, Jesus, por Sua vez, indagou aos que O cercavam, procurando fazê-los meditar, considerando-se que Ele sabia o que lhes ia nas almas, nos pensamentos, na condição de Celeste Zagal do rebanho humano: "Quem dizem os homens que eu Sou?" 4.
E fez ressaltar, junto aos Discípulos, a crença popular no fenômeno da reencarnação. "Mas, se falei bem, por que me feres?" 5.
Deu ocasião, assim, para que a exibição vaidosa e a cobardia fossem denunciadas e abatidas pela coragem e grandeza de espírito. "Que queres que eu te faça?" 6.
E ensinou a importância de que tenhamos superiores e claros objetivos, em nossa fé, quando nos dirijamos às Supremas Fontes da Vida.
Perguntas, profundas ou simples, compuseram a pauta de formidáveis ocasiões de aprendizado feliz, ao longo de todo o Evangelho de Jesus Cristo.
Desse modo, quando, no Movimento Espírita, vemos os irmãos das lides terrenas se encontrarem para o estudo e, dentro dele, dedicarem algum tempo para dissiparem dúvidas, de modo honesto e salutar, vibramos com a possibilidade de que tais questões e suas respectivas respostas, apareçam documentadas para a elucidação de muitos, em torno de diversos pontos da doutrina veneranda do Espiritismo.
Louvamos ao Senhor, frente a esse pequeno trabalho, que, com certeza, se não representa novidade no contexto espírita, será segura diretriz, para tantos que anseiam por entender melhor ou ampliar reflexões e conhecimentos sobre a prática espiritista.
Certo da bênção do Excelente Mestre para este singelo livro, anelamos por prosseguir estudando e avançando a serviço da Seara do Bem, na qual nos encontramos engajados, pela misericórdia de nosso Pai.
Camilo Página psicografada pelo médium. Raul Teixeira, em 04/9/1989, na sessão mediúnica da Sociedade Espírita Fraternidade, em Niterói-RJ.