Trevo de Idéias

Capítulo XIX

Oração da caridade aos companheiros da Terra



Meu amigo da caridade, que situaste a força em meu campo de luz, ampara-me os serviços, em favor da humanidade.

Não me relegues à esfera da palavra sem ação.

Coloca-me em teus braços, para que a solidariedade entre as criaturas não seja simplesmente um mito sonoro.

Auxilia-me com os teus ouvidos e assinala as canções de renovação e júbilo que a imortalidade espalha, em toda parte, transmitindo-as, através da bondade permanente, aos que caíram deserdados de esperança.

Colabora comigo, não só para que a mensagem do Infinito Bem alcance os ângulos mais remotos da Terra, mas que se concretize igualmente em obras de progresso e concórdia, na experiência dos semelhantes.

Estarei contigo na lição que estudas, na árvore que plantas, na flor que ofereces na festa da amizade.

Em meu nome, estende o pão que sacie o corpo, entretanto, não olvides o abraço de simpatia e compreensão em que os nossos princípios devem expandir-se.

A boa palavra, o sorriso de entendimento, o apoio irmão constituem sublimes recursos de nosso apostolado. Singelos de início, crescem e se multiplicam por bendito oxigênio do estimulo, regenerando a existência onde os seus fundamentos foram esquecidos pela ignorância.

A vida é um cântico em todos os lugares.

Cada ser é uma nota da Sinfonia Universal.

Não firas a harmonia com a maldade ou com o lamento.

Lembra-te da varonilidade e da alegria do Mestre, que, até mesmo na cruz, preferiu o poema do perdão.

Encontro-me em nome dele, no mundo para auxiliar, fraternizar, recompor, melhorar, elevar e servir.

Vamos. Preciso de companheiros do trabalho, de semeadores de bom ânimo e de amigos da renúncia construtiva.

Sigamos, materializando a luz e a beleza por onde passamos, porque, se a Sabedoria é a minha bênção, o Amor é o meu coração.