Fácil combater, simples vencer, quando se utilizam as armas da astúcia, da cobardia moral.
Suplantar os outros, triunfar sobre os outros, vencer os outros são cometimentos acessíveis.
O invisível punhal da calúnia como o poderoso tiro do ódio, o ácido transparente da intriga e o veneno da infância conseguem oferecer vitórias a quantos lhe fazem o culto de submissão. Entretanto, logram aniquilar, logo depois os que se vitalizam, empunham e espalham, por tornarem à fonte donde procedem. Há, também, outros poderosos instrumentos de fácil manuseio: A inveja insidiosa, a malquerença sistemática, a cobiça exagerada conspirando, e por fim arruinando os que lhe dão guarida.
Não te permitas lutas que tais.
Sê diferente.
Sai a campo aberto.
Saúda a vida e vive-a.
Sede o que almejas, entesourando luz.
Guerreia o bom combate, submetendo as paixões e inferioridades.
Desculpa, ajuda, confia e passa, de mãos limpas e olhos transparentes sem cargas, sem sombras, sem saudades, sem prisões...
Luta contra ti mesmo - batalha difícil.
Vence tuas tendências malévolas - vitória legítima.
E mergulhando nos recessos do espírito, arranca dos abismos íntimos a pérola da paz, conhecendo-te a ti mesmo, antes que pretender aos outros conhecer e pensar vencê-los.