Criar, freneticamente, atividades novas delegando o trabalho a outrem, por mais saudáveis que sejam as intenções, é passatempo a soldo do desequilíbrio.
Toda edificação exige planejamento e reflexão, esforço e trabalho estoico, especialmente nas obras do Bem.
Os começos são auspiciosos e rutilantes, assinalados pelo entusiasmo como pela emoção exacerbada.
No entanto, preservar e manter a ação nos dias sombrios e de monotonia constitui desafio, que nem todos têm coragem moral de enfrentar com a necessária altivez.
Como consequência imediata, as pessoas transitam de uma a outra experiência, de um a outro compromisso, abandonando-os todos sob a alegação de desentendimento.
Ressumam, então, os melindres injustificáveis, os ressentimentos.
E os desertores, porque incapazes de perseverarem nos deveres, passam por vítimas indefesas, atacando e mal falando do que antes lhes constituía emulação e arrebatamento.
Não são sensatos aqueles que abrem novas portas, cerrando os antigos acessos, edificam ou pretendem executar programas novos, em detrimento de outros que se encerram.
O homem de bem é perseverante e sempre disposto ao labor encetado.
Mantém-se discreto e silencia as suas ações benéficas, evitando alardear os feitos e os não executados. Fomenta a esperança e não transfere cargas para o seu próximo.
Atua, e o seu exemplo sensibiliza outros, que passam a ajudá-lo.
Não abandona o campo onde semeia, a pretexto algum.
Leva adiante a tua tarefa, por mais singela se te apresente.
Não a valorizes pelo volume que aparenta, porém pelos benefícios que propicia.
Enquanto outros se transferem de lugar por nonadas, permanece tu.
Não deixes ruir a tua construção e empenha-te para concluí-la.
Não faltam os companheiros entusiastas hoje, que amanhã se convertem em problemas, longe ou perto de ti.
Sê o mesmo sempre, no triunfo ou no insucesso, porfiando no bom combate.
Considerando esta questão, Jesus referiu-se, em bela e oportuna parábola, conforme narra Lucas, no capítulo quatorze, versículo trinta: (...) Este homem começou a edificar e não pôde acabar (a obra).
Chegar ao fim de uma empresa constitui um grave compromisso, apenas conseguido por aqueles que são honestos e conscientes no ideal a que se afervoram.
Os que deixam interrompida a edificação podem ser excelentes pessoas, todavia, os seus reais interesses estão em outras motivações que disfarçam com a solidariedade.
Não te aflijas por eles ou com eles, antes, segue o teu caminho e realiza a tua edificação saudável, confiando em Jesus que nunca nos abandona.
conquista do ideal será lograda quando o Ser interior, ditoso, comande os equipamentos que lhe estão à disposição, refletindo-se no indivíduo com um comportamento gentil, sem afetação, e nobre, sem presunção.
A mente que capta o Psiquismo Superior e canaliza-o através do cérebro, vitalizando o organismo, facilmente experimenta bem-estar, desfrutando de saúde plena.
Quando isso não ocorre, consome-se nas emanações absorvidas dos tóxicos que predominam na psicosfera ambiental, passando a assumir uma conduta pessimista derrotista, naufragando em perturbações que podem ser evitadas.
O Universo está mergulhado no Pensamento Cósmico, do qual se originou e de que se nutre.
És parte essencial dele.
E se quiseres manter-te em harmonia, deixa que as Suas irradiações te invadam, posicionando tua mente para preservar o equilíbrio da organização de que te utilizas, no processo atual da tua evolução.