Luz Imperecível

CAPÍTULO 103

VITÓRIA DO BEM



Mt 25:31


E quando o Filho do homem vier em sua glória, e todos os santos anjos com ele, então se assentará no trono da sua glória.

E QUANDO O FILHO DO HOMEM VIER EM SUA GLÓRIA, - Tudo acontece na hora exata. Assim como Jesus veio em momento oportuno atender às necessidades humanas, a identificação plena com a Sua Mensagem, em Espírito e Verdade, surgirá também, definindo nossa integração com novo plano de vida.

Falando Filho do homem, Jesus não apenas se iguala a nós. Filho do homem é consequência, resultado da evolução humana. Trata-se de nova fase em elaboração, fundamentada no conhecimento e nas felizes propostas de redenção. É a criação da mentalidade renovada, fim de um ciclo e início de outro. Falando-nos de João Batista e da excelsitude do Reino dos Céus, Jesus, segundo precioso registro, nos dá uma ideia do que tratamos agora: em verdade vos digo que, entre os que de mulher têm nascido, não apareceu alguém maior do que João Batista; mas aquele que é o menor no reino dos céus é maior do que ele. (Mt 11:11) .

Ao afirmar vier em sua glória refere-se à segunda vinda do Senhor; n ão em corpo de carne, ou qualquer aparência exterior, porque o que Ele tinha a realizar, encarnando, já o fez. Na verdade, Ele está vindo. Para uns esse fato já se deu, para outros está ocorrendo agora. O coração de cada um é o terreno onde Ele se manifestará novamente com o Seu poder, Sua importância, Suas virtudes e Sua glória, pelos reflexos que dimanam daqueles que o receberam, introjetando os ensinos de seu Evangelho.

E TODOS OS SANTOS ANJOS COM ELE, - Sob determinado aspecto podemos considerar anjos, todas as entidades destituídas de corpo físico.

Daí a importância de mencionar-se santos, isto é, portadores de saúde espiritual, de elevação, de qualidades morais. No Novo Testamento os santos da casa de César (FP 4:22) eram os convertidos ao Evangelho que se encontravam no palácio a serviço do Imperador.

Em concepção mais ampliada, surge a visão dos auxiliares espirituais do Divino Mestre, cuja presença se faz sempre em todas as épocas da Humanidade.

O centurião de Cafarnaum em colóquio com Jesus (Mt 8:8 e Mt 8:9) e videncia a verdadeira fé.

Diante das decisões, quanto ao crescimento espiritual e, em face das necessidades inadiáveis a nos exigirem novas atitudes de vida por compromissos assumidos, a presença dos anjos com o Filho do homem, reflete-se no quadro que marca, na moldura das lágrimas e apreensões, os dias difíceis por que passa a Humanidade em sofrida transição. Estão eles presentes nos fatos dolorosos que têm visitado corações, lares, cidades, países, no abençoado objetivo de arregimentar os espíritos para concepções renovadas de Deus e de Suas Leis. As trombetas, conforme registramos no Apocalipse, soam em todos os quadrantes, na forma de guerras, terremotos, moléstias, fome, pestes, acidentes, desequilíbrios psíquicos, mediunidade torturada, num ostensivo chamamento às vítimas e espíritos a elas ligados, à tomada de novas posições no palco da evolução.

A regeneração deixa de ser uma opção para representar contingência inarredável e determinante das hostes espirituais que, sob a tutela do Cristo de Deus, direcionam os destinos da Humanidade. Apesar de tudo, ainda permanecem direitos de escolha para todos. Infelizes, no entanto, os que permanecerem cristalizados ou surdos ante tais sugestões que nos chegam em nome da misericórdia. Isso porque, em face da Lei, o aprendiz indiferente, relapso ou irresponsável terá, na melhor das hipóteses, de repetir as lições no grande educandário universal, até que, em época adequada, se disponha a implementar a escalada reservada a todos no imperativo da libertação.

ENTÃO SE ASSENTARÁ NO TRONO DA SUA GLÓRIA; - Jesus como Senhor e Mestre, Governador Espiritual da Terra, vincula-se aos planos gloriosos das mais altas esferas espirituais.

No campo dinâmico, o corpo doutrinário do Cristo se assenta nos alicerces da vida mental, proporcionando-nos condições de discernir quanto a natureza positiva ou negativa dos valores que já apreendemos e dos quais podemos dispor na extensão do trabalho que abraçamos. É desse ângulo que visualizamos o triunfo da verdade sobre o erro; da luz sobre as trevas; do Bem sobre o mal.