E traziam-lhe meninos para que lhes tocasse, mas os discípulos repreendiam aos que lhos traziam.
E TRAZIAM-LHE - Na impossibilidade de virem, eram conduzidos. O Evangelho não indica por quem, dentro do princípio de que a caridade deve ser realizada, conservando-se o agente no anonimato. Eram várias.
Podemos deduzir que se tratava de gente piedosa, voltada para o Bem e que depunha fé no Senhor. Quantos, na presente reencarnação, têm procurado nos encaminhar? e até conjugam os esforços. e também, cuja presença e nomes frequentemente são ignorados.
É a Divina Misericórdia que age assim, através dos homens e até do sofrimento, quando exigimos processos dolorosos para o nosso despertamento. Na extensão do ensinamento às nossas possibilidades de cooperação, é justo perguntarmos: temos também cooperado? Não estarão as falhas que detemos impedindo-nos de ajudar neste mister?
MENINOS - Não somente na idade física. Menino por ser encarado como o carente em qualquer sentido. Assim, há meninos com relação a nós, como nós o somos relativamente a outros, mais esclarecidos, mais experientes, mais evoluídos.
Irmãos, não sejais meninos no entendimento, mas sede meninos na malícia, e adultos no entendimento. (1Co
Por outro lado, devemos nos colocar na condição de meninos: h umildes, reconhecendo as próprias deficiências, dependentes de Deus, o Pai e Criador. Sob outro enfoque, realmente, somos crianças ainda quanto às questões espirituais. Em vista disso, devemos considerar o ensino do apóstolo: Desejai afetuosamente, como meninos novamente nascidos, o leite racional, não falsificado, para que por ele vades crescendo; (I Pe 2:
2) .
PARA QUE LHES TOCASSE, - A indicativa mostra: finalidade, objetivo, propósito. Tudo que fazemos tem um intuito. Verificar se ele é verdadeiro, bom e útil. Se não corresponder a esses três itens, não convém perseverar, insistir.
Lhes tocasse: o hábito de impor as mãos, de abençoar é antigo: O v elho Jacó pôs as mãos sobre a cabeça dos filhos de José, dando-lhes lugar entre os seus filhos. (GN
À luz da Doutrina dos Espíritos, devemos ver o assunto como o emprego do passe, amplamente utilizado em nosso meio e no plano espiritual. Meu amigo, o passe é transfusão de energias físio-psíquicas, operação de boa vontade, dentro da qual o companheiro do Bem cede de si mesmo em teu benefício. Emmanuel - (Segue-me - Capitão O Passe).
É o equilíbrio ideal da mente, apoio eficaz de todos os tratamentos.
É o. agente capaz de impedir as alucinações depressivas, no campo da alma. Assegura. assepsia no que tange ao Espírito. Constitui-se em. u m dos mais legítimos complementos da terapêutica usual. André Luiz - 9Opinião Espírita - Capitão 55).
Para o passista, o passe é, acima de tudo, sublime oportunidade de trabalho, em que, o cooperador dedicado muito pode fazer na extensão do Bem com Jesus.
Ao impor as mãos, em nome d’Ele, precisamos agir com o cérebro e o coração, oferecendo o melhor ao semelhante.
No entanto, o toque do Mestre não é apenas o gesto característico de canalização de recursos espirituais. É, principalmente, a sensibilização que Sua mensagem, revestida de Seu Amor, realiza nos corações que possam sintonizá-lo, pela ação daqueles que se fazem Seus instrumentos nos terrenos da benevolência.
MAS OS DISCÍPULOS - O desenrolar do acontecimento sofre uma objeção, uma dificuldade, evidenciada na conjunção mas. Os discípulos, os entendemos como alunos, estudantes.
Todos nós somos candidatos à matrícula na Escola do Evangelho.
Dentre os discípulos é que emergem os Apóstolos, os aprendizes dedicados, capazes de testemunhos maiores no grande educandário da Boa Nova.
REPREENDIAM - Censuravam, advertiam, transformavam-se em obstáculo. Provavelmente, julgando a missão de Jesus muito importante, admitiam que ele não dispunha de tempo para as crianças. O Nazareno, entretanto, demonstrou que tinha tempo para elas e ainda transformou o acontecimento em motivo de lição para todos.
Trazendo o ensinamento para os nossos dias, quantas vezes temos impedido os outros de se aproximarem de Jesus? Ora criando-lhes problemas, exigências, ora afastando-os com maus exemplos. Às vezes, de modo à primeira vista razoável, como: para frequentar a casa Espírita, você precisa deixar de fumar, de comer carne, de beber. Se a pessoa conseguir tudo isso antes de vir, ela não precisa de Centro Espírita, pois é nele, estudando e aprendendo, no convívio dos demais, que ela irá haurir forças para a transformação e superação de seus vícios.
No desenrolar das experiências diárias, é que se evidenciam importantes oportunidades de manifestação das conquistas da evolução consciente. Aproximando-se das fontes irradiadoras do conhecimento espiritual, instaladas na Boa Nova, fazemo-nos por iniciativa pessoal, discípulos d’Ele. Se de um lado, grita em nosso interior o anseio de cooperar, de outro, ainda bradam os reflexos da inércia, das convenções e das cristalizações milenares. O aprendiz atento aos planos do crescimento, não apenas, deve direcionar potenciais de Amor e Ação, necessita também e, principalmente, adotar o imperativo da vigilância, a fim de que, atitudes personalísticas ou dogmáticas, não se transformem em braços que se levantam, de modo claro ou inconsciente, em tentativas para impedir que corações outros usufruam das concessões felizes e gratificantes que o Mestre oferece àqueles que aproximam de seu Hálito Sublimado.
AOS QUE LHOS TRAZIAM. - Dá a entender que, apesar de tudo, continuavam trazendo. De fato é assim: não obstante todos os obstáculos que colocamos no caminho, principalmente com uma conduta menos adequada, prossegue a cooperação das pessoas que se dedicam a auxiliar e servir e dos Amigos Espirituais. Da mesma forma, na empreitada de cooperação que venhamos adotar. Não devemos sucumbir diante dos obstáculos, mas perseverar.