E não consentia que alguém levasse algum vaso pelo templo.
E NÃO CONSENTIA QUE ALGUÉM LEVASSE ALGUM VASO PELO TEMPLO. - Para além da construção física, o templo é o espírito, onde se instala o reino de Deus; o céu, sugerido por este reino, é um estado de alma, quando reflete paz e alegria espiritual.
O vaso era utilizado para os rituais, evidenciando a presença do culto nas expressões religiosas.
Com base nos conhecimentos espíritas, sabemos que a verdadeira religião consiste no direcionamento dos valores já apreendidos, na reta do Bem supremo, sem as movimentações de superfície, que caracterizam medidas inerentes à adoração exterior. Eis o que se pode depreender da atitude do Mestre, não permitindo que se levasse algum vaso pelo templo.
O registro não consentia, lança o pensamento do aprendiz para ângulos mais amplos em sua empreitada de higienização mental. É i mportante desativar as tendências de natureza exterior que são ainda a tônica em muitos terrenos da religiosidade tradicional e transitória.
As providências de assepsia ambiente, adotadas por Jesus, projetams e, através dos séculos, para ressurgir na atualidade, sob a claridade do Consolador, convocando-nos desprender, de vez, de todo sistema ritualístico ou de culto externo.
Vive-se momento peculiar no trato dos valores espirituais ou religiosos.
A Humanidade, guindada pelo enriquecimento da mente aos patamares da maturidade, aciona novos recursos. Está capacitada, agora, sob o amparo dos Planos Superiores, à adoção de medidas eficazes e diretas nos meandros do espírito, em sua caminhada para Deus, sem a moldura ou as referências de feição periférica.
O verdadeiro culto do Amor, sob as vibrações da reeducação e do auxílio ao semelhante, independe da movimentação de vasos pelo templo, mas representa opção capaz de nos desvincular dos cuidados externos, direcionando-nos para os degraus da renovação, no rumo da imortalidade sublime.