Mas ele, respondendo, disse-lhes: É um dos doze, que mete comigo a mão no prato.
MAS ELE, RESPONDENDO, DISSE-LHES: É UM DOS DOZE, - Ao responder, Ele nos ensina que toda pergunta está suscetível de resposta. Apontando ser um dos doze, não só coloca em processo de auto análise todo o Seu grupo, convoca-nos também, à manifestação da humildade pelo reconhecimento pessoal de que, sem distinção, todos portamos deficiências a desafiarem a capacidade de persistência no empenho de renovação.
Na esteira das experiências, cada criatura enverga seus ideais, seu grau de determinação, seus pontos fracos. O encaminhamento dos fatos deixou todos, indistintamente, sob análise consciencial. Sábia, portanto, a estratégia do Mestre. Não para instaurar insegurança. Mas, sim, para proporcionar condições de levantamento íntimo quanto ao rendimento do processo educativo e aferição quanto a soma de reflexos, de natureza inferior que ainda nos assediam, a marcarem tristemente o espelho da alma, pelos padrões de infidelidade, frente aos ensinos que, como aprendizes, temos recolhido Dele a cada momento.
QUE METE COMIGO A MÃO NO PRATO. - Antigamente tirava-se o bocado diretamente do prato. Prova de intimidade já era o participar da mesa.
De meter a mão no prato, com Ele, ao mesmo tempo, evidenciava maior familiaridade. Temos, nas linhas de Evolução, aproximações que variam de natureza e de intensidade. No grupo a que nos vinculamos possuímos aqueles a quem nos ligamos de forma estreitada, nos alicerces da afetividade e das experiências passadas. São esses os que integram o círculo mais próximo, ou seja, os que alimentam dos mesmos pensamentos e propósitos, a meterem as mãos no mesmo prato.
Se tais agrupamentos bem sintonizados no Amor podem muito realizar, é daí, também, que podem surgir, na ausência da compreensão e do respeito devido a cada um, os mais complexos quadros de sofrimento e desilusão.